Confiança da indústria tem segunda queda consecutiva em 2021, aponta CNI
Apesar na redução na confiança dos empresários industriais entre janeiro e fevereiro, o cenário segue otimista
atualizado
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Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quarta-feira (10/2), mostra que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) teve recuo pela segunda vez consecutiva em 2021.
De acordo com o estudo, o índice caiu 1,4 ponto entre os meses de janeiro e fevereiro deste ano, saindo de 60,9 para 59,5 pontos.
Apesar da redução nos números, o cenário é de otimismo, já que o Icei segue acima dos 50 pontos. Segundo a CNI, a escala de medida é de 100 pontos: quando o índice é igual ou maior que 50, a indicação é de confiança. Se o número for menor, é sinal de pessimismo.
O gerente de análise econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que a queda não indica um olhar negativo dos empresários, e sim um reajuste. “É uma desaceleração da recuperação mais forte que vimos no fim do ano passado. Isso está fazendo um ajuste na confiança, não uma reversão. A confiança continua alta”, garante.
Além de estar acima da linha divisória, o índice é mais alto que a média histórica, de 53,8. Em 10 anos, o período que teve menor confiança dos empresários industriais durante o mês de fevereiro foi 2016, quando a pontuação chegou a 37,2.
Segundo a CNI, a manutenção do cenário de otimismo é importante para “estimular o aumento da produção, a geração de empregos e o aumento do investimento”, considerado, pela confederação, “elemento essencial para o Brasil voltar a crescer”.
Condições atuais e expectativas
De acordo com a CNI, a razão principal para a queda de confiança é a avaliação das condições correntes de negócio, que esteve mais baixa entre janeiro e fevereiro. O Índice de Condições Atuais registrou queda de 3,5 pontos, saindo de 56,7 em janeiro, para 53,2, em fevereiro.
Quando o assunto é expectativa dos empresários industriais, a CNI também registrou queda. A redução, no entanto, é mínima, chegando a apenas 0,4 ponto. O número saiu de 63,0, em janeiro, e passou para 62,02, em fevereiro. O dado indica estabilidade nas expectativas para os meses seguintes.
“A gente percebe, pelo ICEI deste mês, um novo ajuste na confiança. As expectativas ainda são otimistas, não mudaram muito da passagem de janeiro para fevereiro. O que aconteceu foi uma reavaliação das condições atuais de negócio”, explica Marcelo.