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Confederação de Municípios calcula R$ 4,6 bilhões em prejuízo no RS

Maior parte do prejuízo, por enquanto, refere-se ao setor habitacional, com R$ 3,4 bilhões, sendo 99,8 mil casas danificadas ou destruídas

atualizado

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Vista aérea RS - Estado de calamidade pública após enchentes causadas pela forte chuva atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul RS - Metrópoles
1 de 1 Vista aérea RS - Estado de calamidade pública após enchentes causadas pela forte chuva atingiram o estado brasileiro do Rio Grande do Sul RS - Metrópoles - Foto: Ramiro Sanchez/Getty Images

Confederação Nacional de Municípios (CNM) contabiliza prejuízos de R$ 4,6 bilhões no Rio Grande do Sul, com registro de 99,8 mil casas danificadas ou destruídas, segundo balanço divulgado nesta terça-feira (7/5).

Já são mais de 78% dos municípios do estado atingidos. Das 388 cidades afetadas, 336 tiveram, até o momento, a situação de anormalidade reconhecida pelos governos estadual e federal em estado de calamidade pública.

Segundo o dado mais atualizado da Defesa Civil do estado, há 90 mortos e 131 desaparecidos.

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Ação do Corpo de Bombeiros no bairro Mathias Velho, em Canoas
Corpo de Bombeiros navega em bote no bairro Mathias Velho, em Canoas
Corpo de Bombeiros abre paredes para acessar pavimento submerso pela água no bairro Mathias Velho, em Canoas
Corpo de Bombeiros no bairro Mathias Velho, em Canoas
Pessoas buscam abrigo em cima de pontes na Região Metropolitana de Porto Alegre
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Região Metropolitana de Porto Alegre

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Ação do Corpo de Bombeiros no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Corpo de Bombeiros navega em bote no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Corpo de Bombeiros abre paredes para acessar pavimento submerso pela água no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Corpo de Bombeiros no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Pessoas buscam abrigo em cima de pontes na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Posto de gasolina fica submerso no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Parque de diversões no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Corpo de Bombeiros navega em bote no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Operação de resgate com o helicóptero do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Muito lixo é arrastado por causa das chuvas no bairro Mathias Velho, em Canoas

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Mathias Velho, em Canoas

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Casas submersas na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Operação de resgate com o helicóptero do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Ônibus e carros ainda estão submersos na Região Metropolitana de Porto Alegre

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Setores mais afetados

O total de R$ 4,6 bilhões em prejuízos foi repassado à CNM pelos municípios, mas são parciais e estão sendo alterados pelos gestores locais, à medida que o nível da água continue a baixar.

Os dados foram extraídos do S2iD, Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério do Desenvolvimento Regional.

Desse total, R$ 465,8 milhões concentram-se no setor público, R$ 756,5 milhões no setor privado e a grande maioria dos prejuízos, por enquanto, referem-se ao setor habitacional, com R$ 3,4 bilhões, sendo 99,8 mil casas danificadas ou destruídas.

Principais setores privados afetados:

  • Agricultura: R$ 435 milhões em prejuízos;
  • Pecuária: R$ 134,7 milhões em prejuízos;
  • Indústria: R$ 92 milhões em prejuízos;
  • Comércios locais: R$ 37,5 milhões em prejuízos;
  • Demais serviços: R$ 52,2 milhões.

Principais setores públicos afetados:

  • Danos materiais (instalações públicas como escolas, hospitais, prefeituras): R$ 333,6 milhões em prejuízos;
  • Obras de infraestrutura (pontes, estradas, calçamento, sistemas de drenagens urbanas etc.): R$ 91,3 milhões em prejuízos;
  • Sistema de transportes: R$ 8,4 milhões em prejuízos;
  • Assistência médica emergencial: R$ 7,4 milhões em prejuízos;
  • Sistema de esgotamento sanitário: R$ 7,4 milhões em prejuízos;
  • Limpeza urbana e remoção de escombros: R$ 6,2 milhões em prejuízos;
  • Geração e distribuição de energia elétrica: R$ 3,3 milhões em prejuízos;
  • Sistema de ensino: R$ 2,9 milhões em prejuízos;
  • Abastecimento de água: R$ 2,8 milhões em prejuízos.

O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, que foi prefeito do município gaúcho de Mariana Pimentel em duas gestões (1993 a 1996 e 2001 a 2204), fez um apelo pela liberação de recursos.

“O que temos até o momento são promessas, burocracias e uma população que resiste pelo seu próprio esforço e pela corrente de solidariedade”, disse, em nota.

“É necessário liberar urgentemente recursos extraordinários aos municípios, considerando-se, por exemplo, a proporção populacional, sem objeto pré-definido, pois o cenário se modifica a cada dia e os gestores precisam ter autonomia para definir a forma de aplicação que melhor atenda cada cenário vivenciado”, continuou.

Ziulkoski ainda considerou ser “inaceitável” a cobrança de um plano de trabalho como medida obrigatória para o repasse dos recursos, enquanto os municípios ainda resgatam famílias debaixo da água e buscam espaços para abrigar a população.

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