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Confederação Brasileira de Voleibol é alvo de operação contra fraude tributária

Segundo força-tarefa, esquema do então prefeito de Saquarema (RJ), Antonio Peres Alves, movimentou R$ 50 milhões

atualizado

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Ary Graça
1 de 1 Ary Graça - Foto: Divulgação

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), dirigentes da entidade e um ex-prefeito são alvos de uma operação de busca e apreensão nesta quinta-feira (20/5) por suspeita de fraude tributária milionária em Saquarema, na Região dos Lagos fluminense.

Ao todo, são 10 denunciados por organização criminosa voltada para a prática de fraudes tributárias, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no município de Saquarema. Entre eles, estão o ex-prefeito de Saquerema Antonio Peres Alves e o ex-presidente da CBV e atual presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Ary Graça Filho.

Os 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara de Saquarema, estão sendo cumpridos em endereços ligados aos acusados na capital e em Saquarema. A Justiça determinou também o bloqueio de R$ 52 milhões dos envolvidos. Não há pedidos de prisão.

As investigações foram feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao Ministério Público do Rio, e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil fluminense.

Como funcionava o esquema

Segundo o Gaeco, durante o mandato do ex-prefeito Antonio Peres Alves (2000/2008), foram editadas leis que concediam benefícios fiscais abaixo do piso constitucionalmente previsto, o que fomentou a criação de várias empresas “fantasmas” em Saquarema.

Com isso, houve um aumento exponencial e irregular da arrecadação no município e uma grande evasão fiscal em outras cidades. Isso porque as empresas que participaram do esquema de declarar falsamente o local de suas sedes deixaram de recolher tributos nos municípios onde efetivamente eles eram devidos.

As investigações apontam que mais de 700 empresas foram montadas em um mesmo endereço em Saquarema e essas companhias, muitas vezes, declaravam prestar serviços que nem sequer eram feitos.

A denúncia alega ainda que o ex-presidente da CBV Ary Graça Filho manejava os recursos de patrocínio do Banco do Brasil à entidade por ele administrada em favor de si próprio e do grupo criminoso, celebrando contratos com empresas recém-criadas, sem estrutura de pessoal e estabelecidas em sedes fictícias.

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