ConecteSUS completa 12 dias fora do ar. Governo prevê retomada na 5ª
Antes, Ministério da Saúde havia previsto que o aplicativo seria reestabelecido até esta quarta (22/12)
atualizado
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O Ministério da Saúde tem uma nova previsão para restabelecer o funcionamento da plataforma ConecteSUS. Agora, os integrantes da pasta estimam que o aplicativo, que reúne dados clínicos de pacientes, deve ser reativado até quinta-feira (23/12).
Nesta quarta (22/12), a plataforma completa 12 dias fora do ar, após ser alvo de um ataque hacker.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou nesta semana que preferia não “cravar uma data” para a retomada do sistema, mas disse que a área técnica esperava restabelecer a plataforma até esta quarta.
No entanto, o aplicativo ainda não pode ser acessado pelos usuários. O ConecteSUS reúne informações sobre a vacinação contra Covid-19. Pela plataforma, é possível emitir o Certificado Internacional de Vacinação em três idiomas, documento necessário para entrar em países que exigem passaporte sanitário.
“Fomos vítimas de um ataque hacker, são criminosos. Estamos trabalhando fortemente, dia a dia, para retornar o ConecteSUS. Eu não quero aqui cravar, porque eu já falei que voltaria na semana passada, (mas) sofremos um ataque hacker um pouco depois”, avisou Queiroga no início da semana.
Sistema de notificações
Onze dias depois do ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde, a pasta confirmou na terça-feira (21/12) o restabelecimento do e-SUS Notifica. A plataforma é utilizada para registro de casos e óbitos.
Ao Metrópoles, o Ministério da Saúde confirmou os sistemas afetados pelo ataque e o andamento da retomada de cada serviço. Veja nota:
“O Ministério da Saúde informa que o Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), o sistema de registro E-SUS Notifica e o Sistema de Regulação (Sisreg) foram restabelecidos.
A Pasta ressalta que está trabalhando para retornar os sistemas Conecte SUS, e- SUS Notifica, SI-PNI, Localiza SUS e OpenDatasus com a maior brevidade possível.”
Diferentes estados tiveram problemas em apresentar dados da pandemia ao Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), após a invasão. Isso sinaliza que a média aumentará nos próximos dias, quando as informações forem atualizadas sem represamento.
Ataque hacker
A rede ficou inativa após o Ministério da Saúde sofrer dois ataques hackers. O primeiro ocorreu no dia 10 de dezembro. Segundo Queiroga, atingiu a rede da Embratel, empresa ligada à instituição que administra sistemas do governo federal.
Em nota oficial, o órgão informou que uma série de sistemas foi afetada: e-SUS Notifica (sistema de notificação de casos de Covid), Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI), ConecteSUS e funcionalidades, como a emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19 e da Carteira Nacional de Vacinação Digital, que estão indisponíveis no momento.
Em nota enviada ao Metrópoles, a Embratel esclareceu que está apoiando o Ministério da Saúde no tratamento dos danos causados pelo crime cibernético.
“Destacamos que a Embratel não é responsável pela gestão operacional do ambiente tecnológico do Ministério da Saúde sendo somente o broker de Cloud, provida por outro fornecedor. Estamos apoiando o Ministério no tratamento do incidente e a ocorrência está sendo analisada por nossa equipe, que segue também apoiando as autoridades nas investigações e prestando todo o suporte técnico necessário”, informou.
O segundo ataque ocorreu na madrugada do dia 13 de dezembro, quando hackers invadiram a rede interna do ministério. O sistema de telefone e a intranet ficaram inativos, e diversos servidores precisaram trabalhar em regime de home office.