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Condenado primeiro réu pela morte de advogados dentro de escritório

Tribunal do Júri de Goiânia considerou jovem culpado pelos homicídios de Marcus Aprigio Chaves e Frank Carvalhaes de Assis

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Pedro Henrique Martins Soares, condenado por morte de advogados em Goiânia, Goiás
1 de 1 Pedro Henrique Martins Soares, condenado por morte de advogados em Goiânia, Goiás - Foto: Reprodução: PCGO

Goiânia – O Tribunal do Júri da capital goiana condenou, na terça-feira (17/5), o primeiro dos quatro acusados pela morte de dois advogados dentro do escritório das vítimas. Pedro Henrique Martins Soares, de 27 anos, deverá cumprir pena de 45 anos, 6 meses e 10 duas de prisão, em regime inicialmente fechado. A primeira condenação ocorreu um ano e sete meses depois do crime.

Durante o júri, o Ministério Público requereu a condenação do acusado pela morte dos advogados Marcus Aprigio Chaves, de 41, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47. O crime foi praticado no dia 28 de outubro de 2020, dentro do escritório, em Goiânia, em reunião agendada pelos criminosos com a alegação de que queriam se reunir com os advogados.

Marcus Aprigio era filho do desembargador Leobino Chaves, ex-presidente do TJGO, e  irmão do juiz Leonardo Aprigio.

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Advogados Frank Alessandro e Marcus Aprígio foram assassinados no dia 30/10/20 no escritório onde trabalhavam
Pedro Henrique Martins Soares, condenado por morte de advogados em Goiânia, Goiás
Fazendeiro Nei Castelli, acusado de ser mandante homicídio de advogados em Goiânia, Goiás
Jaberson Gomes, suspeito de participação na morte dos advogado e que foi morto durante ação policial
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Advogados foram mortos a tiros. Caso gerou comoção no estado de Goiás. Um dos mortos era filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Leobino Chaves

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Advogados Frank Alessandro e Marcus Aprígio foram assassinados no dia 30/10/20 no escritório onde trabalhavam

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Pedro Henrique Martins Soares, condenado por morte de advogados em Goiânia, Goiás

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Fazendeiro Nei Castelli, acusado de ser mandante homicídio de advogados em Goiânia, Goiás

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Jaberson Gomes, suspeito de participação na morte dos advogado e que foi morto durante ação policial

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A defesa do réu, por sua vez, pediu a absolvição dele ou, então, a exclusão de qualificadoras que agravariam a pena, se fosse condenado. Isto porque, segundo a denúncia, o crime foi praticado mediante promessa de recompensa e com uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, o que foi acatado pelos jurados.

Outros réus

O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não há previsão do julgamento dos réus Hélica Ribeiro Gomes, namorada de Pedro Henrique e que está em liberdade, Cosme Lompa Tavares e o fazendeiro Nei Castelli, de 59, que continuam presos preventivamente. Eles recorreram contra a decisão que os mandou a julgamento no tribunal do júri pelos crimes de homicídio.

De acordo com a denúncia, Castelli teria ordenado o assassinato depois de perder uma ação que o obrigava a pagar às vítimas, a título de honorários sucumbenciais, o valor de R$ 4,6 milhões.

Inconformado, segundo o Ministério Público, Castelli entrou em contato com Lompa na tentativa de encontrar alguém para o homicídio. Lompa, então, teria escolhido Pedro Henrique, conhecido pela prática de crimes no Tocantins, e teria combinado com ele a execução.

Além disso, segundo a denúncia, Castelli prestou apoio antes e após a prática dos assassinatos, transportando os executores e garantindo que se hospedassem em Goiânia, uma vez que eles são de Tocantins.

Negociação

A namorada de Pedro Henrique teria negociado a recompensa pelo crime, e, mais tarde, ele teria acertado com Jaberson Gomes, que já morreu, para lhe ajudar no assassinato. Castelli teria oferecido R$ 100 mil aos dois, caso saíssem impunes, e R$ 500 mil, se fossem presos em decorrência da empreitada.

Em Goiânia, ainda de acordo com o Ministério Público, Pedro e Jaberson, usando o nome de Fernando Morais, ligaram para o escritório de advocacia perguntando por Marcus Aprígio e chegaram a deixar um número de telefone para retorno, que, mais tarde, foi usado pela secretária das vítimas para agendar a reunião para o dia 28 de outubro de 2020.

O magistrado entendeu que a condição dela em nada atrapalhou o andamento processual. Para o restante, o juiz manteve as prisões preventivas.

Contra os demais acusados, o magistrado entende que ainda persiste a necessidade de se resguardar a ordem pública. “Ante a gravidade concreta combinada ao modus operandi dos delitos, uma vez que há indícios de premeditação, unidade de desígnios e o laudo de local de morte violenta descreveu dinâmica delitiva grave”, justificou o magistrado.

O Metrópoles não encontrou contato dos advogados dos réus até o momento em que publicou este texto, mas o espaço segue aberto para manifestações.

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