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Homem é condenado por matar namorada e esconder corpo em cisterna

Namorado foi condenado a mais de 20 anos de prisão. Homem também foi condenado a pagar R$ 50 mil para cada filho da vítima

atualizado

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Arquivo pessoal
Luiza Helena, que foi morta pelo namorado após desentendimento com ele
1 de 1 Luiza Helena, que foi morta pelo namorado após desentendimento com ele - Foto: Arquivo pessoal

Goiânia – O homem que confessou ter matado a namorada, após uma discussão por ciúmes, foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, pelo crime. Joaquim Francisco Bispo Filho tirou a vida da diarista Luiza Helena Pereira e escondeu o corpo dela em uma cisterna, em Cristianópolis, no sudeste goiano.

O julgamento aconteceu nessa quinta-feira (5/10), já o crime aconteceu em 2022. A sentença também condenou Joaquim a pagar R$ 50 mil a cada um dos três filhos da vítima, a título de danos morais. O júri considerou que, por conta do crime, o homem deixou os órfãos “desprovidos de afeto maternal e auxílio material”.

Joaquim está preso desde o dia 15 de maio de 2022.

Relembre o crime que fez Joaquim Bispo ser condenado

A diarista Luiza Helena Pereira desapareceu no dia 9 de maio de 2022, quando jantou com o companheiro na casa de um irmão em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Os parentes contaram que, naquela noite, o casal discutiu porque Luiza havia colocado uma senha no próprio celular e isso teria irritado o namorado.

Segundo a Polícia Civil, após ser preso, Joaquim confessou ter matado a vítima esganada durante uma crise de ciúmes. Após isso, disse à polícia que a namorada caiu no chão quando ele a soltou, mas ele acreditava que ela ainda estivesse viva, respirando e piscando, embora não falasse nada.

Na época, a delegada Luíza Veneranda explicou que Joaquim colocou Luiza em um carro e a levou até a chácara dele, em Cristianópolis. Lá, deu um banho nela, trocou a roupa, mas a vítima não apresentava qualquer sinal de reação. Ele, então, decidiu que a levaria a um hospital.

O homem disse à polícia que, no caminho ao hospital, parou o carro em um acostamento, foi a um posto de combustíveis, pegou gasolina e, ao voltar, percebeu que a namorada estava fria e sem respirar. Ele, então, voltou para a chácara e jogou o corpo em um buraco cavado em 2019 para fazer um poço artesiano.

De lá, fugiu para o Tocantins, onde tem família. Ele ficou dias escondido em matas da região até ser preso após investigações da Polícia Civil.

O corpo de Luiza só foi localizado depois que o namorado confessou o crime e levou as equipes ao buraco. Dias antes, a polícia e familiares da vítima já tinham ido à chácara fazer buscas e não tinham encontrado nada.

Feminicídio

A 1ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia indiciou o homem por feminicídio qualificado, com três qualificadoras: asfixia, com esganadura do pescoço da vítima; impossibilidade de defesa; e feminicídio. Além disso, de acordo com a investigação, ele também responderá por ocultação de cadáver.

À época, a defesa afirmou que o cliente “agiu no calor da emoção, do ciúme”. Após a conclusão do inquérito, o procedimento foi encaminhado ao Poder Judiciário.

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