Condenada na Lava Jato, doleira e ex-amante provoca Alberto Youssef
Ex-namorada do doleiro, Nelma Kodama tem gravado seu cotidiano com tornozeleira eletrônica e publicado nas redes sociais
atualizado
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Nos bastidores da operação Lava Jato, o relacionamento amoroso entre dois condenados ganhou destaque recentemente. Ex-namorada e amante declarada do doleiro Alberto Youssef, Nelma Kodama tem usado as redes sociais para mostrar como é o seu cotidiano com o uso da tornozeleira eletrônica. Em um vídeo divulgado pela revista Veja, Nelma se encontra com José Luiz Boldrini, colega da dupla na época em que operavam juntos.
Youssef foi condenado por diversos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e em esquemas de propina na Petrobras. Nelma Kodama cumpre pena por lavagem de dinheiro, organização criminosa, evasão de divisas e corrupção ativa. Já Boldrini era comparsa de Youssef e chegou a ser condenado com ele, pelo juiz Sérgio Moro, por envolvimento em uma organização que causou um rombo de R$ 2,5 bilhões no Banestado, no final da década de 2000.
O encontro entre Kodama e Boldrini aconteceu ocasionalmente, quando ela pediu um Uber em Curitiba, no último dia 13 de setembro. Ela, que nunca fez questão de esconder a relação com Youssef, demonstrou alegria em rever o colega. “Que mundo pequeno esse, não é? De onde você conhece o Youssef?”, pergunta ela, empolgada.“Trabalhei com ele no Banestado e em sua empresa, a Vox Telecom”, responde Boldrini. No final, ele ainda manda um recado para Youssef: “Betão, me procura, cara. Não sei se você já pode sair. Quando vier a Curitiba, me dá uma ligada”.
Na gravação, Boldrini é questionado por Nelma sobre o que acha “dessa tal de Lava Jato”. “Doleiro não tem culpa de nada. Só fez o transporte do negócio. Quem roubou, quem fez a malandragem, foram os políticos. Esses têm mais é que se ferrar”, defende.
Amada amante
Essa não é a primeira vez que Nelma traz ao público a relação de intimidade que tem com o doleiro Alberto Youssef. Os dois ficaram juntos por 9 anos, e ela define a relação como “mal resolvida”. Em agosto, os dois, que estão em prisão domiciliar, se viram em um restaurante em São Paulo e Nelma gritou, pedindo que ele mantivesse distância, com receio de ter sua liberdade suspensa. “Ele foi o que aconteceu de melhor e pior em minha vida”, define a doleira.
Nelma foi presa em 2014, quando tentava embarcar para fora do país com 200 mil euros nas roupas íntimas, ocasião que ela promete explicar em vídeo como aconteceu. Em 2015, quando questionada na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras sobre o que tinha com Youssef, ela respondeu com a canção Amada Amante, do cantor Roberto Carlos.