Condenações de 73 policiais pelo massacre do Carandiru voltam a valer
A ação policial para conter uma briga no presídio na capital paulista acabou com 111 detentos mortos, no dia 2 de outubro de 1992
atualizado
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As condenações de 73 policiais que atuaram na ação que resultou no massacre do Carandiru, em 1992, foram restabelecidas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). As penas, que variam de 125 a 600 anos de cadeia, haviam sido anuladas em 2018 pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP).
A ação policial para conter uma briga no presídio na capital paulista acabou com 111 detentos mortos no dia 2 de outubro de 1992. Nenhum policial morreu.
A decisão foi do ministro Joel Paciornik, publicada no último dia 2 de junho, divulgada nesta quarta-feira (9/6) pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles.
Em sua decisão de anular as condenações, os desembargadores do TJSP haviam entendido que os jurados tinham condenado os réus contra as provas dos autos. Para Paciornik, isso foi um erro.
Os policiais foram condenados em cinco júris diferentes, entre 2013 e 2014. Em todos os julgamentos do Tribunal do Júri o resultado foi pela condenação, agora retomada pelo STJ.
Segundo o ministro, deverá o TJSP prosseguir com o julgamento dos recursos de apelação dos réus.