Condenações da Lava Jato já somam 2 mil anos
De acordo com a força-tarefa, até o momento, foram protocoladas 82 denúncias contra 347 investigados
atualizado
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Sentenças condenatórias no âmbito da Operação Lava Jato somam 2.036 anos, de acordo com dados a força-tarefa, iniciada em 2014, com a apuração de possíveis desvios e cartel na Petrobras. De acordo com a força-tarefa, até o momento, foram protocoladas 82 denúncias contra 347 investigados na Lava Jato em Curitiba.
Ao todo foram dadas 46 sentenças, gerando 215 condenações contra 140 pessoas. O total de penas impostas aos condenados chega a 2.036 anos, 4 meses e 20 dias de pena. Os dados foram divulgados pela operação nesta quinta-feira (4/10), por meio de nota.
“As primeiras acusações ocorreram em abril de 2014 e, desde então, o tamanho da investigação aumentou consideravelmente. Entre os crimes pelos quais mais de uma centena de pessoas tornaram-se réus estão lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude a licitação, organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, crime contra a ordem econômica, embaraço a investigação de organização criminosa, falsidade ideológica, etc”, diz a nota divulgada.
Denúncia
Na terça (2/10), o juiz Sérgio Moro recebeu a mais recente acusação da Lava Jato em Curitiba, base da operação contra Douglas Campos Pedroza de Souza. O engenheiro é acusado da prática do crime de lavagem de dinheiro no âmbito de dois contratos entre a Odebrecht e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, relacionados a obras no Complexo Petroquímico de Suape, no município de Ipojuca, em Pernambuco.
Em decorrência dos contratos de aliança firmados para as obras, a “Odebrecht ofereceu e efetuou o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, dentre os quais Djalma Rodrigues, ex-diretor da Petroquisa e pai de Douglas”.
As investigações apontam que Douglas teria recebido o correspondente a R$ 16,1 milhões entre 16 de dezembro de 2010 e 19 de março de 2014 mediante transferências no exterior através das contas em nome de três offshores controladas pelo grupo empresarial, para contas em nome das offshores Spada Ltd., no Stanrdar Chartered Bank, em Londres, no Reino Unido; Maher Invest Limited, no Standard Chartered Bank, em Genebra, na Suíça; e também no BSI Overseas, nas Bahamas e no Greenwich Overseas Group Ltd., no Lloyds Bank, em Genebra, na Suíça.
Douglas é apontado como o suposto controlador e beneficiário das contas offshores Maher Invest, Spalda Ltda. e Greenwich Overseas
“Desta forma, o engenheiro atuou na ocultação e dissimulação do produto de crime de corrupção, cujo autor foi seu pai”, diz a força-tarefa. Tanto Douglas quanto Djalma foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão na 52.ª fase da Lava Jato, que foi deflagrada no mês de junho.