Comunidade ucraniana faz protesto na Avenida Paulista, em São Paulo
Grupo se reuniu na tarde desta terça-feira (1º/3), no vão do Masp, para expressar repúdio à guerra e às ações militares do governo russo
atualizado
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São Paulo – Integrantes da comunidade ucraniana em São Paulo se reuniram e fizeram um protesto na tarde desta terça-feira (1º/3), na Avenida Paulista. Com cartazes e faixas, o grupo expressou repúdio à invasão russa na Ucrânia e gritou pela saída das tropas de Putin do país.
Os manifestantes se concentraram no vão do Museu de Artes de São Paulo (Masp), a partir das 17h. A mobilização ocorreu pela internet, por meio de uma página criada no Facebook. Cerca de 100 pessoas participaram do ato.
O aposentado Stefan Fesz, de 70 anos, descendente de ucranianos, esteve presente. “O Putin, para mim, é pior que o nazismo. Minha mãe passou pelo nazismo”, contou ele.
A família dos pais de Fesz foi duramente atingida por guerras do passado na região. “O resto da família do meu pai e da minha mãe morreu todo no decorrer da Segunda Guerra Mundial”, lembra ele.
“A gente quer paz. Deixe a Ucrânia quietinha no canto dela. O que esse Putin foi se meter lá? Faz 20 anos que ele está planejando esse assalto à Ucrânia. Isso aí não vem de hoje. Vem de longe”, contextualiza o aposentado.
Para ele, o país já venceu uma guerra, diante da resistência oferecida à investida russa. “Putin falou que em dois dias iria dominar tudo”, cita ele. “Está morrendo muito soldado inocente. Até o povo da Rússia é contra a guerra. Só o Putin e a cambada dele é que são a favor.”
Mobilização
Na descrição do convite para o protesto, no Facebook, foi feita uma convocação a todos, não somente aos integrantes da comunidade ucraniana: “Amigos brasileiros, jornalistas, pessoas que querem ajudar, mas não sabem como, juntem-se a nós na manifestação”.
Em seis dias de guerra, apesar do início das negociações, ainda não houve sinal de possível cessar-fogo, pelo contrário. As tropas da Rússia avançam em direção à capital Kiev e aumentaram o cerco, nos últimos dias, orientando que civis deixem a cidade.