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Complexo do Salgueiro é uma área marcada por ações policiais e mortes

Região em São Gonçalo é considerada uma das regiões mais violentas do Rio. Nesta segunda, ao menos 8 corpos foram encontrados no Salgueiro

atualizado

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Moradores encontram 9 corpos após confrontos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo
1 de 1 Moradores encontram 9 corpos após confrontos no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Considerada uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro, o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, Região Metropolitana, foi marcado por uma nova chacina nesta segunda-feira (22/11). Desta vez, ao menos oito corpos foram retirados de um manguezal por moradores. Mas a área é marcada por uma série de chacinas e assassinatos em operações policiais nos últimos anos.

Entre as ações registradas no Complexo do Salgueiro, estão as mortes de oito pessoas, numa operação do Exército e da Polícia Civil, em 2017, e ainda o assassinato do menino João Pedro, de 14 anos. Depois da morte do adolescente, em 18 de maio de 2020, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, restringiu as operações em favelas do Rio por causa da pandemia, em junho do ano passado.

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Operação resultou em 10 mortes
Familiar de um dos mortos no local
Bombeiros recolheram os corpos no Complexo do Salgueiro e levaram para o IML
Roupa que foi deixada próximo ao manguezal onde corpos foram encontrados no Complexo do Salgueiro
Polícia Civil esteve no local para recolher os corpos
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Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin

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Operação resultou em 10 mortes

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Familiar de um dos mortos no local

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Bombeiros recolheram os corpos no Complexo do Salgueiro e levaram para o IML

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Roupa que foi deixada próximo ao manguezal onde corpos foram encontrados no Complexo do Salgueiro

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Polícia Civil esteve no local para recolher os corpos

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Na decisão, Fachin citou a morte do menino João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, assassinado durante ação conjunta das polícias Federal e Civil. Naquela ação, os agentes foram prender o traficante Ricardo Severo, o Faustão, um dos chefes do Complexo do Salgueiro. O menino estava na localidade conhecida como Praia da Luz, quando foi ferido.

Chacina em 2017

Três anos antes da morte de João Pedro, uma chacina marcou a área de São Gonçalo. Em novembro de 2017, outra operação conjunta, desta vez, do Exército e da Polícia Civil, resultou em oito mortos na região. Na época, dois inquéritos foram abertos para investigar o caso.

No entanto, ambos acabaram sendo arquivados sem a identificação dos responsáveis pelos disparos.

Agora, quatro anos depois, uma nova chacina aconteceu no Complexo do Salgueiro, que é formado por localidades como o Lixão do Itaóca, Praia da Beira, Itaúna, Palmeira, Praia da Rosa e Praia da Luz, que ficam às margens da Rodovia Rio-Manilha (BR-101).

Corpos em mangue

Nesta segunda-feira (22/11), segundo a Polícia Civil, oito pessoas foram encontradas assassinadas numa área de mangue. Todos teriam sido mortos durante uma operação da Polícia Militar.

A ação, como determina ordem do Supremo, foi informada ao Ministério Público do estado. O Complexo do Salgueiro, segundo investigações da polícia, é um entreposto de drogas da facção criminosa Comando Vermelho (CV), a maior do Rio, local onde há criminosos fortemente armados, que utilizam a região como refúgio e ponto de partida para roubos de cargas.

Em agosto de 2011, a juíza Patrícia Acioli foi assassinada com 21 tiros quando chegava em casa, em Niterói, Região Metropolitana. Três policiais militares envolvidos na morte da magistrada foram acusados da morte de Diego de Souza Beliene, de 18 anos, no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo, em junho daquele ano.

 

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