Como quadrilha roubou em 7 minutos mais de R$ 500 mil em joias
Roubo foi articulado por quadrilha que assaltou cinco lojas na Região Serrana do Rio e somou um total de R$ 3 milhões em joias e relógios
atualizado
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Rio de Janeiro – Em 25 de maio, funcionários de uma das relojoaria que vende joias, uma das mais antiga de Petrópolis, Região Serrana, foram surpreendidos por bandidos. Em sete minutos, eles levaram 50 relógios, anéis, pulseiras e cordões de ouro, avaliados em R$ 520 mil, de acordo com o registro da delegacia.
“Cheguei pela manhã, como de costume, quando abri com funcionário, fomos rendidos com dois homens armados com pistolas. Meu irmão, chegou em seguida com outro freguês. Todos ficaram no chão, enquanto eles faziam a limpa”, contou Lino Ângelo, de 77 anos, ao Metrópoles. Depois, segundo ele, o grupo foi colocado no banheiro.
“Até hoje tomo remédio para conseguir dormir. É muito difícil superar psicologicamente uma violência física”, disse Ângelo. Na fuga, a quadrilha trocou tiros com policiais militares. Imagens de câmaras mostram a ação que se alastrou pelas ruas. No confronto, uma adolescente foi ferida de raspão.
Veja o vídeo da ação:
Foram cinco roubos em pontos de venda de joias somente neste ano na Região Serrana do Rio de Janeiro, que somam R$ 3 milhões, segundo os registros de ocorrência.
A Polícia Civil aponta Caio Torres Valério Oliveira Machado, de 24 anos, como o articulador da quadrilha. Até então, ele sequer tinha ficha criminal na polícia. Foi capturado em Secretário, bucólico distrito de Petrópolis, no dia 28 de julho.
A série de roubos começou no dia 10 de março em uma joalheria no Shopping Estação, no centro de Petrópolis. Foram levadas joias avaliadas em R$ 75 mil. No dia 24 daquele, foi a vez a da Ótica Amarante onde foram roubados 146 pares de brincos, 16 pulseiras, 20 anéis, 50 cordões e 15 pingentes. Neste caso, o valor total não foi divulgado.
Em 6 de maio, outro assalto, desta vez em uma joalheria no Shopping Itaipava, em Itaipava, que registrou na delegacia roubo no valor de R$ 350 mil. O último assalto foi à Relojoaria Nova Geração, no centro de Petrópolis, onde as joias foram avaliadas em R$ 11 mil.
“Ele atuava como espécie de ‘batedor’ do bando. Fazia pesquisa para escolher os locais e ficava nos assaltos do lado de fora para avisar sobre a movimentação da polícia”, explicou o delegado João Valentim, 105ª (Petrópolis) ao definir a participação de Caio nas ações. O acusado foi para o banco dos réus com quatro outros integrantes da quadrilha e serão julgados pela 2ª Vara Criminal de Petrópolis.
Segundo as investigações, as joias eram repassadas a criminosos da comunidade do Parque União, no Complexo da Maré, no Rio, que também participavam do esquema. A defesa do acusado ainda não foi localizada pelo Metrópoles, o espaço continua aberto.