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Como joias, vacina e espionagem implicam Bolsonaro na trama golpista

Diferentes investigações são braços de esquema mais amplo de tentativa de golpe de Estado que teria sido arquitetada pelo ex-presidente

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está vinculado de diferentes formas à tentativa de golpe de Estado no Brasil, entre o final de 2022 e o começo de 2023. É o que aponta o inquérito da Polícia Federal (PF), finalizado nesta semana, que terminou com 37 indiciados.

Investigações anteriores em que Bolsonaro está comprometido, como no caso das joias, dos cartões de vacina e da espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), estão coligadas com a tentativa de golpe de Estado e Abolição Violenta do Estado Democrático de Direito.

De acordo com a PF, a movimentação de R$ 6,8 milhões nas vendas de joias nos Estados Unidos foi uma maneira de Bolsonaro garantir dinheiro para se manter fora do país, diante da possibilidade de prisão por tentar promover um golpe.

Essas joias eram itens valiosos que Bolsonaro ganhou de líderes de nações estrangeiras enquanto era presidente. Segundo a investigação, ele incorporou o acervo público da União com a ajuda de aliados, como o ex-chefe da ajudância de ordem, tenente-coronel Mauro Cid. O ex-presidente foi indiciado neste caso, assim como no inquérito finalizado da tentativa de golpe.

Cartão de vacina

Outro caso em que Bolsonaro foi indiciado e que teria ligação com a tentativa de golpe foi na falsificação de cartões de vacina contra a Covid-19.

Jair Bolsonaro e a família deixaram o Brasil no final de 2023. Isso foi possível com o passaporte presidencial, um documento especial para chefes de Estado.

No entanto, para permanecer nos EUA de forma legal, precisava forjar que ele e a família de Cid tinham se vacinado contra a Covid-19.

Espionagem ilegal

A investigação da chamada “Abin paralela” é outro inquérito que está na fase final e pode implicar Jair Bolsonaro. Essa investigação tem ligação direta com a tentativa de Golpe de estado, segundo a Polícia Federal.

Pessoas como o delegado Alexandre Ramagem e o agente Marcelo Bormevet, ambos da PF e que fizeram parte da cúpula da Abin de Bolsonaro, foram indiciados por fazer parte do núcleo de inteligência paralela da PF.

De acordo com a PF, esse grupo da Abin fazia investigações ilegais, usando softwares de espionagem, para perseguir inimigos políticos de Bolsonaro.

O inquérito da PF sobre golpe de estado, que indicia Bolsonaro e outros 36, deve ser analisado pela Procuradoria-Geral da República (PGF) nos próximos dias. A expectativa é que a manifestação da PGR seja dada apenas em fevereiro de 2025.

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