Como falsos entregadores de aplicativos assaltam em ruas de SP; vídeos
Deputado Delegado Olim foi uma das últimas vítimas de criminosos em motocicletas. Polícia Civil faz operação para tentar coibir roubos
atualizado
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São Paulo – Criminosos têm se disfarçado de entregadores de aplicativos como iFood, Rappi e Loggi para praticar roubos a mão armada e levar dinheiro, celulares e relógios de pedestres ou passageiros de veículos em bairros nobres de São Paulo.
Vídeos compartilhados em redes sociais mostram a ação dos assaltantes. Geralmente, a primeira abordagem é feita por um bandido de moto, que leva uma mochila de entregas de algum aplicativo. Depois que esse criminoso rende a vítima, no carro ou na calçada, é comum que apareça outro assaltante para dar cobertura, também armado. Veja vídeo:
Uma das últimas vítimas foi o deputado estadual Delegado Olim (PP-SP), que estava em um carro acompanhado do delegado Artur Dian. Eles foram abordados na Avenida Angélica, em Higienópolis, quando o motoqueiro pediu que entregassem os relógios. Dian reagiu e matou a tiros o assaltante, de acordo com Olim.
“Seguiram a gente da saída da churrascaria Rodeio nos Jardins e vieram nos pegar na Avenida Angélica. Acho que, no meio do caminho, ele recebeu a arma para nos assaltar”, contou o deputado ao Metrópoles.
Deputado relata assalto:
Depois de tantos roubos em bairros como Jardins, Moema e Higienópolis, na Zona Sul de São Paulo, a Secretaria Estadual de Segurança Pública lançou há duas semanas a Operação Capital Mais Segura, para supostamente prevenir e reduzir esse tipo de crime. Com esse objetivo, policiais civis têm feito blitze para abordar e revistar motociclistas em diferentes bairros da capital paulista.
“Em Higienópolis e Moema, não dá mais para sair, porque os caras estão roubando demais. Pessoas honestas que trabalham em aplicativos estão sendo paradas por viaturas, revistadas, enquanto ladrões estão usam esse artifício para roubar”, acrescentou o deputado, que apresentou um projeto de lei sobre o assunto na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Em Moema, na rua Gaivota, no começo de março, um pedestre foi assaltado e cercado por dois motoqueiros, que usavam mochila de entrega e uniforme de aplicativo. A vítima teve de entregar a aliança.
Enquanto operações nas ruas tentam mitigar essa onda de crimes, a polícia tem orientado a população a redobrar os cuidados nas ruas, especialmente em locais desertos ou congestionamentos.
“Se você está parado dentro do carro, mexendo no celular, você é uma vítima em potencial. A orientação que damos é que as pessoas evitem ficar dentro do carro desnecessariamente, mexendo no celular, e que evitem usar o celular em ruas desertas”, afirmou o delegado Manoel Giordani, da 3ª Delegacia Seccional de Polícia – Oeste.
O delegado também lembra que, por segurança, é importante ativar duas etapas de verificação em contas de aplicativos no celular, o que pode dificultar que criminosos consigam usar o aparelho posteriormente para entrar em contas bancárias ou para prospectar futuras vítimas da rede de contatos.
“Muitas vezes os criminosos chegam de forma rápida e de surpresa. Mas se tomarmos alguns desses cuidados, certamente minimiza o risco. Na grande maioria das vezes, o objetivo desse criminoso é levar o aparelho telefônico”, acrescentou Giordani.
A Polícia Civil divulgou balanço no último domingo (3/4), em que informa que em duas semanas da operação Capital Mais Segura foram presos 12 suspeitos, com 8.930 pessoas abordadas e 8.200 motocicletas vistoriadas.