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Como evitar e denunciar o “golpe das frutas” do Mercadão de São Paulo

Clientes podem fazer denúncia no Procon-SP, que diz que multará locais flagrados. Administração do Mercadão também monitora questão

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Movimentação no Mercadão Municipal, região central de São Paulo, nesta tarde de sexta-feira, 14
1 de 1 Movimentação no Mercadão Municipal, região central de São Paulo, nesta tarde de sexta-feira, 14 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Com táticas de venda agressivas, comerciantes do Mercado Municipal de São Paulo induzem clientes a gastar centenas de reais em frutas. Caso você seja vítima do “golpe das frutas”, revelado pelo Metrópoles em janeiro, é possível denunciar ao Procon-SP e ao próprio Mercadão.

Os consumidores que forem atingidos pela situação podem reclamar no site www.procon.sp.gov.br, ou pelas redes sociais do órgão. A concessionária que administra o endereço também se colocou à disposição para impedir a prática – e aqueles que se sentirem lesados devem entrar em contato pelo e-mail sac@mercadospspe.com.br.

O golpe das frutas

Quem chega ao corredor de frutas do Mercadão é logo abordado por atendentes simpáticos das diversas barracas, que oferecem morangos, tâmaras, mangas, mexericas, entre outras frutas.

Enquanto os visitantes provam os alimentos, os comerciantes montam uma bandeja, entregue já embalada ao cliente. Na hora do pagamento, vem o susto: R$ 300, R$ 400, R$ 500 em frutas. O preço informado inicialmente a quem prova as iguarias é por 100 gramas, e não pelo quilo.

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Clientes alegam que pagam preços abusivos por frutas. Algumas pessoas contam que poucas frutas ultrapassou R$ 500.
Nas redes sociais, visitantes denunciam táticas agressivas de vendas.
Segundo os relatos, consumidores só são informado do preço na hora do pagamento, e valores são calculados por 100g, e não por quilo.
Há relatos de ameaças contra clientes que se recusaram a pagar os valores cobrados.
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Mercado Municipal de São Paulo.

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Clientes alegam que pagam preços abusivos por frutas. Algumas pessoas contam que poucas frutas ultrapassou R$ 500.

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Nas redes sociais, visitantes denunciam táticas agressivas de vendas.

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Segundo os relatos, consumidores só são informado do preço na hora do pagamento, e valores são calculados por 100g, e não por quilo.

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Há relatos de ameaças contra clientes que se recusaram a pagar os valores cobrados.

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No YouTube, Twitter, Instagram e TripAdvisor, turistas relatam que acabaram induzidos pelos vendedores das barracas de frutas exóticas. De tão comum, foi criado um perfil no Instagram que conta com centenas de relatos de vítimas da prática abusiva.

Em muitos casos, visitantes dizem que ficaram sem reação e acabaram pagando, mas ao saírem do local foram tomados por um torpor ao perceber a manipulação. Outras pessoas contam que se recusaram a pagar e foram maltratadas pelos atendentes. Chegaram a ser seguidas pelos vendedores e até ameaçadas.

Denúncias

O Procon informou que, nas últimas semanas, vêm recebendo denúncias de clientes por meio de seus canais oficiais e também pelas redes sociais, mas não divulgou a quantidade. O órgão afirma que “está acompanhando a situação” e que os locais flagrados serão multados.

“Estamos monitorando as vendas no Mercadão, já que numa blitz do Procon-SP, em que a equipe dos fiscais se identifica, mostra as credenciais etc, não é possível constatar a conduta denunciada”, explica Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

De acordo com o órgão, é dever do estabelecimento informar o consumidor sobre o preço dos produtos antes da efetivação da compra, e os artigos oferecidos para degustação sem que o cliente peça são considerados amostra grátis e não podem ser cobrados.

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