Comitê científico valida plano que flexibiliza uso de máscaras no Rio
Medidas restritivas devem ser extintas até novembro. Com isso, Réveillon e Carnaval serão realizados sem os atuais protocolos sanitários
atualizado
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Rio de Janeiro – Os integrantes do Comitê Científico da Prefeitura do Rio reforçaram, em reunião nesta segunda-feira (25/10), a aprovação da redução das restrições sanitárias por conta da Covid-19. Entre elas, aparece a liberação do uso de máscaras em ambientes abertos para quando a cidade atingir 65% da população total vacinada com duas doses ou dose única e a liberação total do uso da proteção quando o índice for de 75%.
Na manhã desta segunda-feira (25/10), o índice registrado de imunizados era de 64,4% na capital. No entanto, a medida não terá ainda efeito prático para o cidadão, que deverá seguir usando a máscara por conta do decreto estadual que torna o item obrigatório, em vigor desde junho de 2020 e ainda não modificado pelo governador Cláudio Castro.
De acordo com o secretário Daniel Soranz, todas as ações restritivas devem ser flexibilizadas até o fim de novembro na cidade, mantendo o uso de máscaras apenas em escolas, transportes públicos e hospitais. “A partir disso, vamos retomar a vida normal, com precauções. Tivemos os eventos-testes, que não afetaram os indicadores. Por isso, até o momento, teremos Réveillon e Carnaval livres de restrições, com protocolos definidos pela Anvisa para os turistas”, explicou, em entrevista ao Metrópoles.
“Para os portos, já estamos com as regras definidas. Aguardamos a Anvisa definir o protocolo para os aeroportos, o que é de extrema importância e deve ser muito bem pensado e planejado. Mas quero ressaltar que estamos em um excelente cenário, uma condição epidemiológica controlada, que nos dá segurança para fazer estes avanços nos planos da cidade”, argumenta.
A cidade se prepara também para iniciar a vacinação das crianças, o que deverá acontecer assim que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar o uso da vacina neste público. “Estamos aguardando a Pfizer entrar com o pedido de autorização para o uso do imunizante nesta faixa etária e acreditamos que essa liberação seja feita até janeiro”, disse Soranz, que reforça o apelo para que os cariocas visitem os postos e recebam a segunda dose, dando ainda mais força para a retomada.
Plano verão contra arboviroses
O secretário informou ainda que a cidade se prepara para colocar em prática o Plano Verão contra as arboviroses, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya), que aumentam durante os meses mais quentes. “Já possuímos um plano para este enfrentamento e vamos intensificar as visitas domiciliares de agentes de controle de endemias, em busca de focos e criadouros do mosquito, além de reforçar as campanhas de prevenção, pedindo que a população contribua vistoriando suas casas para que não haja água parada e, consequentemente, mosquitos”, explica.
De acordo com a secretaria municipal de Saúde, até setembro deste ano, foram registrados 782 casos de dengue, 9 casos de zika, e 155 de chikungunya. Em 2021, nenhum óbito foi registrado em pacientes, de acordo com os dados da SMS, atualizados em 27/9. “Vamos voltar a ter atenção especial para estas doenças, que são endêmicas e mais comuns no verão”, completa Soranz.