metropoles.com

Comissão irá analisar casos de fura-fila da vacinação em São Paulo

De acordo com texto da lei, serão investigados casos de irregularidades na imunização de grupos prioritários contra a Covid-19

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Gustavo Moreno / Especial para o Metrópoles
Vacina
1 de 1 Vacina - Foto: Gustavo Moreno / Especial para o Metrópoles

São Paulo – O estado de São Paulo terá uma comissão para apurar irregularidades de fura-fila na vacinação de grupos prioritários contra a Covid-19.

A Lei 17.320/2021, de autoria dos deputados Heni Ozi Cukier (Novo) e Gilmaci Santos (Republicanos), foi regulamentada na terça-feira (25/5) pelo governador João Doria (PSDB), por meio do Decreto 67.625.

O coautor Heni Ozi diz que o grupo receberá denúncias e penalizará funcionários de saúde e cidadãos que burlarem a ordem de vacinação estabelecida nos planos estadual e nacional, sejam investigações novas ou não.

Os detalhes da atuação da comissão ainda são estudados, assim como a data de início das atividades. Ao Metrópoles, o deputado do Novo disse que o texto aprovado dá abertura para que os parlamentares possam atuar em conjunto com o colegiado no recebimento e encaminhamento de denúncias.

“A comissão vai analisar a decisão, demandar evidências e pedir provas ou satisfações para órgãos e instituições e pode acionar alguns órgãos fiscalizadores, desde a polícia a corregedorias internas”, disse.

Perguntado sobre a venda de atestados falsos, o deputado do Novo disse que a comissão irá investigar apenas casos de quem furou a fila da vacina.

“As denúncias vão trazer desdobramentos de outras várias situações que vão gerar investigações do Ministério Público e da polícia e aí há outras leis para enquadrar esses problemas.”

A comissão será formada por:
  • Dois representantes da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania – um deles presidirá o grupo;
  • Dois da Secretaria de Estado da Saúde (vigilância sanitária e epidemiologia);
  • Um da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional;
  • Um da Corregedoria-Geral da Administração; e
  • Um do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (COSEMS-SP).

O grupo de avaliadores receberá auxílio da Procuradoria-Geral do Estado, além de ter o poder de requerer informações de instituições públicas e privadas sobre os denunciados. O colegiado realizará a apuração necessária até protocolar o fato ao Ministério Público.

De acordo com a lei, o profissional que aplicar a vacina será multado entre R$ 1.400 e R$ 24 mil. De R$ 3 mil a R$ 50 mil será a multa para o receptor do imunizante. Se a pessoa imunizada for um agente de saúde, o valor chegará a R$ 100 mil.

O projeto de lei foi aprovado em 10 de fevereiro, com 93 votos a favor. Apenas a deputada Janaina Paschoal (PSL) foi contrária.

“É importante ressaltar a luta contra a corrupção, seja nas altas escalas e nos pequenos desvios. Nesse momento de pandemia, é imprescindível que não deixe essa peteca cair, não desanime e continue a construir regras que impeçam essas irregularidades de acontecerem”, concluiu Heni Ozi.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?