Comissão com apenas uma mulher decidirá caso de deputado que apalpou colega
Maria Lúcia Amary (PSDB), única mulher no Conselho de Ética da Alesp, acredita que até março terão sido tomadas medidas em torno do assédio
atualizado
Compartilhar notícia
A deputada Maria Lúcia Amary (PSDB), presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de São Paulo, acredita que até março terão sido tomadas medidas em torno do assédio denunciado pela deputada estadual Isa Penna (PSol) contra o deputado Fernando Cury (Cidadania). As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Amary, a única mulher no colegiado, afirmou que trabalhará para que haja isenção no processo e que a discussão não seja polarizada para “o lado ideológico, e sim pela situação em si, pelo caso em si”.
Os deputados Adalberto Freitas (PSL), Emidio de Souza (PT), Barros Munhoz (PSB), Wellington Moura (Republicanos), Delegado Olim (PP), Carlos Giannazi (PSOL) e Alex Madureira (PSD) também integram o colegiado que decidirá sobre o caso.
Um registro que circula nas redes sociais mostra o momento em que o parlamentar se aproxima de Isa, nessa quarta-feira (16/12) e apalpa a lateral do seio direito diante da mesa da presidência do plenário, enquanto ela conversava com o presidente, Cauê Macris (PSDB).
Em seguida, ela retira o braço dele e tenta se desvencilhar mais de uma vez dos toques do deputado. Veja:
“O que dá direito a alguém a encostar em uma parte íntima do meu corpo? O meu peito é íntimo. É o meu corpo. Eu estou pedindo pelo direito de ficar de pé e falar com o presidente da Assembleia Legislativa sem ser assediada. Eu sou uma deputada eleita com 53 mil votos, luto pelo direito das mulheres, luto contra o assédio. Só pelo fato de eu existir, eu mereço respeito. Eu tenho o direito de estar aqui sem ser apalpada”, ressaltou Isa após o episódio.