Comissão arquiva denúncia de assédio moral contra presidente do Inep
Servidores acusaram Danilo Dupas de assédio moral para suprimir questões consideradas “sensíveis” pelo governo federal do Enem 2021
atualizado
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A Comissão de Ética Pública (CEP) arquivou o processo que acusava o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas (foto em destaque), de assédio moral.
Segundo o Inep, o processo foi completamente arquivado por ausência de materialidade. A decisão veio na última terça-feira (31/5).
“Tal ação deixa clara a ilibada conduta da alta gestão na direção dos processos da autarquia”, informou o instituto, em nota à imprensa publicada nesta segunda-feira (6/6). A lista de processos julgados pela CEP foi publicada na sexta-feira (3/6).
Em novembro do ano passado, a poucos dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), servidores do Inep acusaram a direção do órgão de assédio moral e denunciaram um desmonte na estrutura.
Dezenas de servidores pediram exoneração do órgão. Segundo revelou o jornal O Estado de S. Paulo, o Inep passou a imprimir a prova antecipadamente para que mais pessoas analisassem o conteúdo do exames.
O diretor de Avaliação da Educação Básica do Inep, Anderson Oliveira, teria retirado 24 questões após uma “leitura crítica”. Dessas, no entanto, 13 foram reinseridas devido à necessidade de calibrar perguntas fáceis, médias e difíceis.
O presidente do Inep, Danilo Dupas, também teria afirmado aos servidores, ainda segundo o diário, que o Enem não poderia ter perguntas consideradas inadequadas pelo governo Bolsonaro.
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