Comércio de carros usados no DF cresceu 12% no passado
Desempenho foi superior ao registrado em todo o país. Maior procura (um terço das vendas) foi pelos modelos com idade entre 3 e 12 anos
atualizado
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As vendas de veículos usados no Distrito Federal em 2019 somaram 259.379 unidades – ou 12% a mais do que 2018 (soma total de 231.673). Esse desempenho foi quase seis vezes superior à média nacional, que foi de apenas 2,2%: foram 14 milhões de unidades, incluindo automóveis, motos, caminhões, ônibus e comerciais (picapes, por exemplo)
Por dia útil, as tradicionais lojas de usados venderam 94 unidades a mais (1.017 no ano passado contra 923 em 2018), segundo dados da Fenauto, a federação dos revendedores multimarcas. Com isso, o segmento chega ao 8º ano consecutivo com resultados positivos.
O desempenho das vendas no vizinho Goiás foi tímido, de apenas 3,4%. No Mato Grosso do Sul, ficou estagnado: 0,6%. No Mato Grosso, o melhor índice: 14,3%.
Usados maduros
A melhor performance de vendas no Distrito Federal veio dos que os revendedores classificam de “usados maduros”, com 9 a 12 anos de uso: 29,7% acima do registrado em 2018 (ou 12,3 mil a mais). E um em cada quatro exemplares vendidos foram “velhinhos”, com mais de 13 anos de vida (25,1%).
Os modelos com até três anos de uso, favoritos para compra e venda até a chegada da crise econômica, em 2015, agora ficaram na rabeira da preferência ou da necessidade (1,7% de crescimento no comércio, apenas).
Ônibus e caminhões
Levando-se em conta o comércio de veículos pesados (ônibus e caminhões), o índice de vendas demonstra uma reação da produção industrial. No DF, o crescimento dessas vendas específicas foi de 18,7% acima do ano anterior. Outra informação relevante: a venda de ônibus novos subiu 38,94; a de caminhões, 33,1%.
Outro dado alvissareiro, principalmente para o comércio e a agropecuária, foi o percentual de vendas de comerciais leves usados (picapes e vans) no Distrito Federal: 9,1% – ou 2 mil unidades a mais do que em 2018.
Motos
O comércio de motocicletas, por sua vez, cresceu 11%. Esse percentual não diferencia motos para lazer (mais caras) ou trabalho. No entanto, a alta geralmente tem sido marcada, nos últimos anos, pela popularização de modelos de baixa cilindrada, voltados ao trabalho autônomo (principalmente para o uso em aplicativos de entregas).