Combate ao garimpo na terra Yanomami ganha apoio de 800 militares
Foram enviados 800 militares para combate ao garimpo ilegal dentro da terra indígena Yanomami, no Amazonas e em Roraima
atualizado
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O Ministério da Defesa anunciou, nesta segunda-feira (8/4), o envio de 800 militares para o reforçar o combate ao garimpo ilegal na terra indígena Yanomami, no Amazonas e em Roraima.
O envio dos militares faz parte da segunda fase da Operação Catrimani, iniciada em abril e coordenada pelo Ministério da Defesa. O território protegido possui uma área maior do que de Portugal e abriga aproximadamente 27 mil indígenas.
Uma das iniciativas adotadas será a contribuição para inutilizar a infraestrutura de suporte ao garimpo ilegal dentro da terra Yanomami. Além de apoio às ações da União, como a Casa de Governo, vinculada à Casa Civil.
O governo federal, em março, editou uma medida provisória com crédito extraordinário de R$ 1 bilhão para realização de ações permanentes na terra Yanomami. Do montante, R$ 309,8 milhões foram destinados para o Ministério da Defesa.
Saúde na terra Yanomami
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou emergência em saúde pública no começo de 2023 em decorrência do alto número de casos de pessoas desnutridas e com malária dentro do território protegido.
Segundo o próprio governo federal, o aumento de casos acontece em decorrência de garimpeiros ilegais dentro da terra Yanomami.
Um estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Instituto Socioambiental (ISA), e divulgado na semana passada, mostra que em nove comunidades Yanomami, 94% dos indígenas têm alto nível de contaminação de mercúrio no organismo. O metal pesado é utilizado nas áreas de extração de minérios para separar o ouro de impurezas.