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Comandante do Exército minimiza desmate e elogia operações na Amazônia

General Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira alegou que desmatamento caiu após operações das Forças Armadas. Dados do Inpe mostram o contrário

atualizado

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Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
1 de 1 Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira - Foto: null

O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira (foto em destaque), alegou que o desmatamento reduziu após operações das Forças Armadas na Amazônia.

No entanto, o desmate na Amazônia nos 12 meses – entre agosto de 2020 e julho de 2021 – foi o maior para esse intervalo de tempo desde 2006, segundo revelam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em mensagem de fim de ano publicada nas redes sociais, Oliveira destacou as operações Verde Brasil e Samaúma.

“Apresentaram eficiente redução do desmatamento na Amazônia brasileira, bem como coibiram a execução de outros crimes ambientais. A Amazônia sempre será a nossa prioridade”, assegurou o comandante do Exército, sem detalhar os dados.

Veja:

A operação Verde Brasil foi dividida em duas fases: a primeira ocorreu em agosto e setembro de 2019; a segunda, entre maio de 2020 e agosto deste ano.

Já a Samaúma ocorreu entre os dias 28 de junho a 31 de agosto de 2021.

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De acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em locais de domínio federal
Estrada em Porto Velho (RO), próximo ao território da floresta
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Floresta Amazônica e área desmatada perto de Porto Velho

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De acordo com a pesquisa do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em locais de domínio federal

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Estrada em Porto Velho (RO), próximo ao território da floresta

Fotos Igo Estrela/Metrópoles

Dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite-Prodes, do Inpe, divulgados em 18 de novembro, mostram que a Amazônia perdeu 13,235 mil km² de árvores no último ano. O Inpe é um órgão governamental, e desmente negativas de autoridades sobre controle e redução do problema.

Essa é a terceira alta consecutiva durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Os números se referem ao período de agosto de 2020 a julho de 2021 – mesmo espaço temporal das operações citadas por Oliveira. Trata-se de um aumento de 22% em comparação a 2019/2020, quando 10,852 mil km² da floresta foram destruídos, o que, até então, era a maior área desde 2006.

Veja a série histórica:

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