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Comandante do Bope: PM baleado na Bahia alternava lucidez e loucura

Com farda e o rosto pintado de verde e amarelo, um homem invadiu o Farol da Barra, em Salvador, e foi baleado pela equipe do Bope

atualizado

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Arquivo Pessoal
policial surtou em Salvador
1 de 1 policial surtou em Salvador - Foto: Arquivo Pessoal

O policial militar que apresentou surto psicótico e disparou tiros para o alto e contra uma equipe de colegas na tarde deste domingo (28/3), no Farol da Barra, em Salvador, foi baleado no início da noite, após mais de três horas de negociação. Segundo o comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) major Cledson Conceição, o homem “alternava entre momentos de lucidez e loucura, e não falava coisas com sentido”.

O PM, identificado como Wesley Soares Góes, é solteiro e trabalha na 72ª CIPM há pelo menos quatro anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública(SSP-BA), ele teria tido um “surto psicótico” e estava armado com um fuzil e uma pistola.

Na noite deste domingo (28/3), o negociador encarregado de conversar com o colega PM, capitão Carlos Henrique, comentou o episódio. Segundo relato, a equipe reagiu após o PM atirar diversas vezes contra a equipe de intervenção. Por volta das 18h35, Wesley efetuou mais disparos, dando início a um intenso confronto.

O PM foi baleado e socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE).

“Ele sinalizou ameaça durante todo o processo de negociação, e não demonstrava uma conversa dentro do padrão de realidade”, disse o capitão Luiz Henrique.

Veja o relato:

Em nota, o comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, afirmou que “lamenta profundamente o episódio” e que todos os esforços foram feitos por um fim pacifico.

Há ainda um vídeo que circula sobre um momento em que a imprensa é “interpelada por um policial militar”. Sobre o caso, o coronel defende que “ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas” e promete que “o fato será devidamente apurado”.

Confira a nota na íntegra:

“A Polícia Militar lamenta profundamente o episódio que ocorreu neste domingo (28), no Farol da Barra, quando todos os esforços foram feitos por um final pacífico durante um possível surto de um PM. O Batalhão de Operações Policiais Especiais adotou protocolos de segurança e o policial militar ferido foi socorrido imediatamente pelo Samu. A corporação tomou conhecimento ainda de um vídeo do momento em que a imprensa acompanha o fato e é interpelada por um policial militar. A instituição ressalta o respeito à liberdade de expressão e ao trabalho dos jornalistas. O fato será devidamente apurado.”

Comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho

Entenda o caso

Com o rosto pintado de verde e amarelo, um agente da PM invadiu o gramado em frente ao Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador, na Bahia, e disparou pelo menos uma dezena de tiros para o alto. Depois, teria atirado contra a equipe de colegas militares chamada para lidar com o incidente.

Em vídeos publicados por moradores da região nas redes sociais, o policial gritava palavras de protesto, falando em desonra e violação da dignidade dos policiais. “Comunidade, venham testemunhar a honra ou a desonra do policial militar do estado da Bahia”, gritou.

Conforme apuração do Metrópoles, o agente compareceu ao local de trabalho na manhã deste domingo, pegou o fuzil e sumiu, até ser reconhecido rompendo as barreiras que isolavam o ponto turístico da capital baiana.

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