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Com voto decisivo no julgamento, Cármen já foi alvo de ataques de Bolsonaro

Voto de Cármen Lúcia pode definir o julgamento. Caso ela decida que Bolsonaro cometeu abuso de poder, haverá maioria pela condenação

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imagem colorida de Cármen Lúcia no plenário do Supremo Tribunal Federal
1 de 1 imagem colorida de Cármen Lúcia no plenário do Supremo Tribunal Federal - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Cármen Lúcia, a primeira ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a votar na quarta sessão do julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro (PL) inelegível, já foi alvo de ataques do ex-presidente.

O voto da ministra pode definir o julgamento. Caso ela decida que Bolsonaro cometeu abuso de poder político ao promover reunião com embaixadores para descredibilizar as urnas eletrônicas, haverá maioria pela condenação.

Logo após o primeiro turno das eleições 2022, o ex-presidente afirmou que Cármen Lúcia busca causar “constrangimento pré-eleitoral” ao determinar a apuração do envolvimento do ex-ministro Milton Ribeiro em esquema de corrupção no MEC.

“Ela quer algo contra mim, né? Faz de tudo para que o Lula seja presidente. Quer me investigar no caso do Ministério da Educação e, digo, até o momento, não tem nada que diga que o prefeito recebeu recurso do MEC”, disse o então chefe do Executivo em transmissão ao vivo.

Em setembro de 2022, Cármen negou pedidos da equipe jurídica da campanha do PL para que o YouTube retirasse do ar vídeos da campanha de Lula que chamavam Bolsonaro de “genocida”. A ministra também deu uma liminar impedindo a estreia de um documentário do site Brasil Paralelo sobre o atentado a Jair Bolsonaro nas eleições de 2018.

Cármen Lúcia ainda foi a responsável por uma decisão que deu o prazo de cinco dias para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), se pronunciasse sobre os pedidos de impeachment contra Bolsonaro que corriam na Casa.

“Realmente acho que algo de muito errado vem acontecendo há muito tempo no Brasil”, disse Bolsonaro na época. “Eu não quero me antecipar, falar o que acho sobre isso aí. Só digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial. E me tira, obviamente, tirando minha vida.”

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