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Com surtos em 3 estados, Saúde ativa sala de situação contra o sarampo

Queda na cobertura vacinal dos últimos anos voltou a colocar o país com risco de surtos da doença, erradicada em 2016

atualizado

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Ilustração do Vírus responsável por transmitir o sarampo
1 de 1 Ilustração do Vírus responsável por transmitir o sarampo - Foto: Getty Images

O Ministério da Saúde ativou, nesta semana, uma sala de situação para monitorar a situação epidemiológica do sarampo no país. A iniciativa pretende evitar que um possível surto da doença se espalhe pelo país, hoje já presente no Amapá, Rio de Janeiro e São Paulo.

“A ação tem como objetivo definir e implementar estratégias para a interrupção da circulação do vírus do sarampo e eliminar a doença do território nacional”, informou a pasta, em nota, nesta quarta-feira (10/8).

A direção da sala fica por conta da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (PNI), que trabalhará em parceria com os Conselhos Nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

Atualmente, o ministério promove a Campanha de Multivacinação de 2022, que disponibiliza 18 vacinas disponíveis para crianças e adolescentes menores de 15 anos. Entre elas, está a tríplice viral, que previne o sarampo.

sarampo volta a representar risco com a queda da cobertura vacinal no país. Informações retiradas pelo Metrópoles do Datasus, sistema de dados do Ministério da Saúde, apontam 71,19% da população-alvo imunizada em 2020. Em 2021, houve redução para 61,33%.

Nas regiões Norte e Nordeste, a cobertura média registrada em 2021 chegou a 50,13% e 55,9%, respectivamente. Os índices são muito menores que o indicado por especialistas para eliminar o risco da doença.

Carla Domingues, epidemiologista e ex-coordenadora do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, alerta que a taxa ideal é de 95%.

“Tínhamos eliminado o sarampo em 2016, recebemos o certificado de erradicação. Dois anos com baixa cobertura foram suficientes para voltar a ter surto e virarmos uma região endêmica para a doença”, relembra.

Depois de atingir 88% de vacinados em 2015, o país enfrentou quedas em 2016 (86%) e 2017 (79%). Em 2018, foi feita uma campanha massiva que começou a aumentar novamente os índices, que chegaram a 85%.

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