Com soltura revogada por Fux, André do Rap, do PCC, desaparece
Traficante havia sido solto por decisão do ministro do STF Marco Aurélio Mello, mas teve a liberdade revogada pelo presidente do STF
atualizado
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Após deixar a cadeia nesse sábado (10/10), o traficante André Oliveira Macedo (foto em destaque), 43 anos, conhecido como André do Rap, teria fugido para o Paraguai. André teve a soltura revogada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Fux, também nesse sábado (10/10), mas ainda não retornou à cadeia.
Considerado um dos líderes principais do Primeiro Comando da Capital (PCC), o traficante chegou de carro até a cidade paranaense de Maringá, onde teria pegado um avião particular até o Paraguai, segundo investigadores que o teriam seguido.
O traficante havia sido solto por determinação do ministro do STF Marco Aurélio Mello. Ao sair da penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, prometeu ir para casa, no Guarujá, litoral de São Paulo. Porém, teria desviado o caminho, segundo revelou reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo.
A Polícia Civil de São Paulo investiga ainda a possibilidade de o traficante ter saído do Brasil pelas fronteiras do Mato Grosso do Sul.
A decisão de Fux, de mandar prender novamente o criminoso de alta periculosidade, atende a um pedido apresentado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). No despacho, Fux afirma que a soltura de André do Rap “compromete a ordem e a segurança públicas”.
“Paciente 1) de comprovada altíssima periculosidade; 2) com dupla condenação em segundo grau por tráfico transnacional de drogas; 3) investigado por participação de alto nível hierárquico em organização criminosa (Primeiro Comando da Capital – PCC); e 4) com histórico de foragido por mais de 5 anos”, observou o presidente do STF.
O governador de São Paulo, João Doria (PSBD), afirmou que o traficante será preso novamente. “Determinei força-tarefa para colocar esse bandido novamente atrás das grades”, escreveu no Twitter.
André do Rap foi preso pela Polícia Civil em setembro do ano passado em uma mansão em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Ele era procurado desde 2014, sob acusação do Ministério Público Federal (MPF) de ser responsável por escoar cocaína para diversos países, via Porto de Santos (SP).