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Com risco de rompimento em barragem, Vale paralisa ferrovia em MG

O rompimento do talude em uma cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, é dado como certo e deve ocorrer até sábado (25/05)

atualizado

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DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE BARÃO DE COCAIS
Barão de Cocais, Gongo Soco
1 de 1 Barão de Cocais, Gongo Soco - Foto: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE BARÃO DE COCAIS

Diante da iminente ruptura de um talude em uma cava da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), a Vale anunciou nesta segunda-feira (20/05/2019), a paralisação do transporte de carga em um trecho da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). A medida segue em recomendação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e irá vigorar por tempo indeterminado, para preservar a segurança dos trabalhadores.

“A empresa está avaliando alternativas para minimizar os impactos decorrentes dessa paralisação”, informa a Vale em nota. O tráfego do trem de passageiros no mesmo trecho da linha férrea já havia sido interrompido na última quinta-feira (16/05/2019). A mineradora está disponibilizando, sem custos adicionais, um ônibus alternativo para a parte da viagem entre Belo Horizonte e Barão de Cocais.

O rompimento do talude é dado como certo e, segundo estimativas da Vale, deve ocorrer até sábado (25/05/2019). Diante da situação, a Mina de Gongo Soco foi totalmente interditada seguindo determinação da ANM.

A decisão permite apenas as atividades que visem recuperar a estabilidade das estruturas. Todas as demais operações estão suspensas. No caso da Barragem Sul Superior, que integra a Mina de Gongo Soco, a paralisação está em vigor desde fevereiro devido ao risco de rompimento. A estrutura fica a cerca de 1,5 quilômetro da cava. Dessa forma, a ANM reconhece a possibilidade de que a ruptura do talude da cava provoque também a ruptura da barragem. O risco é que a vibração gerada pelo rompimento do talude atue como um gatilho.

Alerta máximo
Uma das mais de 30 estruturas da Vale que foram interditadas após a tragédia de Brumadinho (MG), ocorrida em 25 de janeiro, a Barragem Sul Superior teve seu nível de segurança elevado para 2 no dia 8 de fevereiro, obrigando a Vale a evacuar a zona de autossalvamento, isto é, aquela área que seria alagada em menos de 30 minutos ou que está situadas a uma distância de menos de 10 quilômetros da estrutura. Mais de 400 moradores foram abrigados em quartos de pousadas e hotéis custeados pela mineradora.

Em 22 de março, a Barragem Sul Superior se tornou a primeira a atingir o nível 3, que é considerado o alerta máximo e significa risco iminente de rompimento. Desde a tragédia de Brumadinho, quatro barragens da Vale, em Minas Gerais, alcançaram esse alerta máximo.

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