Com Rio Xingu em crise, ANA declara escassez hidríca
Agência Nacional de Águas declaração de situação crítica de escassez em trecho do Rio Xingu. Alerta tem vigência até 30 de novembro.
atualizado
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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aprovou, nesta segunda-feira (30/9), uma declaração de situação crítica de escassez quantitativa dos recursos hídricos em trecho do Rio Xingu e em seu afluente federal, o Rio Iriri. O alerta tem vigência até 30 de novembro.
A medida da ANA visa aumentar a segurança hídrica da região e mitigar os impactos dos baixos níveis dos rios sobre os usos de água. O Rio Xingu é o local onde está situada a usina hidrelétrica de Belo Monte, uma das maiores do Brasil, responsável por 11% da capacidade de geração de energia do sistema interligado nacional.
A bacia do Rio Xingu banha os estados de Mato Grosso e Pará, sendo usada para abastecimento público de 23 cidades, com mais de 560 mil habitantes.
Essa é a quarta declaração de escassez hídrica emitida neste ano pela ANA. Em maio, o aviso foi para a Região Hidrográfica do Paraguai, quando o Rio Paraguai apresentou níveis d’água entre os menores de toda a história.
Em julho, com chuvas abaixo da média no Norte do país, a ANA emitiu declaração de escassez para o Rio Madeira e para o Rio Purus e seus afluentes, Rio Acre e Rio Laco. Na última segunda-feira (23/9), a agência comunicou situação de escassez no trecho abaixo do Rio Tapajós.
Chuvas
De acordo com institutos de climatologia, as chuvas acumuladas na Bacia Hidrográfica do Rio Xingu de outubro de 2023 a setembro de 2024 foram abaixo da média. A tendência deve continuar no atual momento de seca na região.
“Os cenários hidrometeorológicos para este ano indicam a possibilidade de serem atingidos níveis ainda mais críticos em outubro e novembro, com impacto sobre os usos. Por isso, a Declaração de Situação de Escassez Quantitativa de Recursos Hídricos no trecho do Xingu e do Rio Iriri visa a aumentar a segurança hídrica da região e mitigar os impactos dos baixos níveis dos rios sobre os usos da água, além de comunicar à população a gravidade da situação de seca na região ”, comunicou a ANA, em nota