Com prisão, Joesley Batista não comparece a depoimento na Greenfield
A operação Greenfield investiga possíveis irregularidades no aporte de fundos de pensão em empresas do grupo J&F
atualizado
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O empresário Joesley Batista tinha depoimento agendado às 9 horas desta segunda-feira (11/9), na Superintendência da Polícia Federal de Brasília no âmbito da operação Greenfield, que investiga possíveis irregularidades no aporte de fundos de pensão em empresas do grupo J&F. Como se entregou à PF de São Paulo no domingo (10), e ainda não foi transferido para o Distrito Federal, o empresário não comparecerá à oitiva.
O jornal O Estado de S. Paulo apurou que os investigadores chegaram a propor o confisco do passaporte do empresário para evitar que ele deixasse o País e fosse prestar as informações necessárias para a apuração que mira aportes de dois fundos de pensão na Eldorado Celulose, empresa de papel do grupo J&F. A proposta não foi aceita pelo juiz.Na última semana, após o Joesley se ausentar pela terceira vez do depoimento agendado, investigadores da operação foram até o juiz Vallisney de Souza Oliveira, titular da 10ª Vara Federal, para debater sobre os procedimentos a serem adotados para obrigar o empresário a depor. Para os investigadores, o acordo de colaboração premiada prevê a obrigação de Joesley em comparecer sempre que necessário às convocações relacionadas a investigações em andamento.
Preso por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), por conta da possível omissão de informações em seu acordo de colaboração premiada, Joesley Batista e executivos do grupo J&F também têm enfrentado problemas nas investigações que correm na 1ª instância de Brasília. Além da Greenfield, investigadores da Bullish, ação que mira empréstimos bilionários do BNDES para a JBS, reclamam a cooperação dos delatores na apurações.