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Com pandemia, 2020 teve queda de 5,9% em acidentes nas rodovias federais

Houve 63,4 mil acidentes de trânsito nas BRs. Número de mortes em relação a 2019 caiu menos, apenas 0,8%. Casos foram mais letais

atualizado

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Motociclista se desequilibra e cai em estrada
1 de 1 Motociclista se desequilibra e cai em estrada - Foto: Andre Borges/Esp. Metrópoles

Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) nesta segunda-feira (1º/2) mostra que, em 2020, ano marcado pela pandemia de coronavírus e suas restrições, o Brasil registrou 14 mortes a cada dia em rodovias federais. As informações fazem parte do Painel de Acidentes Rodoviários da CNT, construído por meio de dados da Polícia Federal (PF).

No ano passado, foram registrados 63.447 acidentes de trânsito nas rodovias federais O número representa queda de 5,9% em relação a 2019, quando foram registrados 67.427 casos. O custo estimado de todos os incidentes nas rodovias federais no ano passado foi de R$ 10,22 bilhões, conforme aponta o levantamento.

A queda no número de casos é a maior desde 2007, época em que o levantamento começou a ser feito pelo CNT.  Nesses 13 anos, o período com maior quantidade de casos foi 2011, com 192.322 acidentes.

Além da queda no índice de acidentes, também foi registrado um número menor de mortes em relação a 2019. A diferença, no entanto, é pequena percentualmente: foram 5.287 óbitos, que representam redução de 0,8%. O dado mostra que, apesar de ter havido menos acidentes, os casos foram mais letais.

Segundo a CNT, a rodovia mais letal do país em 2020 foi a BR-116. O trecho liga as regiões Nordeste e Sul do país, e vai de Fortaleza (CE) até Jaraguão (RS), na fronteira com o Uruguai. Somente nesta região, foram registradas 690 mortes.

Outra rodovia perigosa é a BR-101, que vai do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. No trecho, foram contabilizadas 8.715 acidentes no ano de 2020.

Para o presidente da CNT, Vander Costa, a alternativa para reduzir o número de acidentes e mortes em rodovias federais é melhorar as condições das vias. “Desenvolver ações voltadas à melhoria das condições viárias, à capacitação dos motoristas e à segurança veicular são a melhor estratégia para a superação desse grave problema”, defendeu.

Acidentes pelo país

O levantamento da CNT mostra que a região Sudeste teve 16.060 acidentes com vítimas. Enquanto isso, o Sul do país registrou 15.078 registros do tipo. Juntas, as regiões são as que concentram maiores índices de casos com mortos ou feridos em 2020.

Minas Gerais é o estado campeão em número de mortes e de acidentes em rodovias federais: somente em 2020, foram registrados 8.363 casos — desses, 7.103 deixaram mortos e feridos. Um dos incidentes foi a queda de um ônibus em João Monlevede, na BR-381, em dezembro do ano passado.

O veículo, que saiu do município de Mata Grande (AL) para São Paulo (SP), caiu da Ponte Torta, em Minas Gerais, que tem altura estimada em 23 metros. Doze pessoas morreram no local do acidente e sete, que estavam em estado grave, vieram a óbito depois.

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Imagens mostram ônibus pegando fogo
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Acidente ocorreu na tarde dessa sexta-feira (4/12)

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Perfil das vítimas

A maior parte das vítimas de acidentes em rodovias do Brasil é formada por homens. Eles representam 81,8% do total dos mortos em 2020. A maioria dos óbitos é de pessoas com mais de 45 anos (33,3% do total). Além disso, mais da metade das mortes ocorre aos fins de semana: sexta-feira (14,6%), sábado (17,8%) e domingo (22,4%).

Segundo o estudo, o tipo mais frequente de acidentes com vítimas é a colisão: em, 30.804 incidentes deste tipo foram registrados em rodovias brasileiras, causando 3.265 mortes.

Além disso, automóvel foi o veículo mais envolvidos em acidentes (44,2%) do total, seguido de motocicletas (31,8%) e caminhões (17,6%).

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