Com novas delações, Witzel quer falar em processo de impeachment
O governador afastado pediu ao STF para ele e o delator Edmar Santos serem interrogados novamente porque recebeu 25 novos anexos da delação
atualizado
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Rio de Janeiro – O governador afastado Wilson Witzel (PSC-RJ) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) para ele e o ex-secretário estadual Saúde Edmar Santos voltarem a ser interrogados no processo de impeachment no Tribunal Especial Misto (TEM), comandado pelo presidente do Tribunal de Justiça, Henrique Figueira.
A sessão de julgamento para selar ou não o impeachment está marcada para sexta-feira (30/4). Witzel pediu a suspensão sob a alegação de que só no dia 21 de abril recebeu 25 novos anexos da delação de Edmar, quando ficou frente a frente ele dia 7.
O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para o TEM se pronunciar. Procurada, a Corte ainda não respondeu.
No pedido de suspensão do julgamento até os novos interrogatórios de Witzel e Edmar, a defesa do governador alegou que “O Presidente do TEM (…) juntou 28 anexos de referentes à colaboração premiada da principal testemunha do processo (ex -secretário de Saúde, Edmar Santos) já quando encerrada a instrução probatória”, informou no documento ao qual o Metrópoles teve acesso.
A reportagem procurou Bruno Mattos Albernaz de Medeiros, um dos advogados de Witzel, mas ainda não o localizado.
Impeachment
Os deputados estaduais Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) e Lucinha (PSDB) pediram ao Tribunal Especial Misto (TEM) para condenar Wilson Witzel por crime de responsabilidade.
A base do pedido de condenação foram os contratos assinados pelo governo com o Instituto de Atenção Básica de e Avançada de Saúde (IABAS), sem licitação, por R$ 850 milhões para construção e gerência de sete hospitais de campanha.
Apenas o do Maracanã funcionou de forma precária, na zona norte. Além de requalificar a Organização Social Unir Saúde.
Na terça-feira (27/4), Witzel apresentou a sua defesa ao TEM e nega as acusações. Pediu ainda para que se for condenado que seja mantido seus direitos políticos.