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Com memes, oposição vai para cima do governo Lula por dólar a R$ 6

Dólar bateu R$ 6 pela primeira vez na história nesta quinta-feira (28/11) após o governo anunciar a ampliação da isenção do IR

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Imagem colorida do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, em evento no Planalto - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida do ministro Fernando Haddad, da Fazenda, em evento no Planalto - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles @hugobarretophoto

A oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se aproveitado da alta histórica do dólar nesta quinta-feira (28/11) para criticar a gestão petista. A moeda norte-americana bateu R$ 6 pela primeira vez após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciar a ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para contribuintes que ganham até R$ 5 mil.

Na manhã de quinta, os ministros Fernando Haddad, Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil) realizaram uma coletiva para detalhar o pacote de contenção de gastos do Palácio do Planalto. A expectativa da equipe econômica de Lula é gerar uma economia aos cofres públicos de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos.

O mercado financeiro pressionava o governo para que o anúncio de corte de gastos fosse feito o quanto antes, já que o ministro da Fazenda havia informado que divulgaria as medidas após as eleições municipais deste ano, em outubro.

Com a reação do mercado financeiro à apresentação das medidas de contenção de gastos, a oposição ao governo aproveitou o momento para criticar a condução da economia por meio das redes sociais, com posicionamentos e divulgação de memes.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) relembrou a alta do dólar em 2019, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL), quando atingiu R$ 4,26. O parlamentar enfatizou que a alta da moeda norte-americana impacta diretamente na vida do consumidor.

“Você pode até não comprar nada em dólar, mas o produtor do trigo que vai no seu pãozinho compra. Quando estivermos todos na miséria, igual a Venezuela, só se alimentará quem receber uma bolsa do PT. Aí você terá que decidir: aceita tudo quieto ou vai protestar na rua sob risco de acabar o alimento para sua família mês que vem”, alegou o deputado Eduardo Bolsonaro.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP), que busca apoio para uma proposta de emenda à Constituição (PEC) alternativa ao corte de gastos do governo, chamou as medidas de Fernando Haddad de “farsa”.

“O dólar por volta de R$ 6 é o retrato de um país sem rumo e governado por populistas que não têm coragem de cortar seus gastos. A farsa do plano de Haddad não enganou ninguém. É a velha incompetência de sempre!”, escreveu Kim na rede social X.

Já o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) divulgou uma mensagem jocosa ao se referir ao dólar a R$ 6 ao relembrar a PEC da deputada Erika Hilton (PSol-SP) que visa reduzir a escala de trabalho 6×1.

Confira:

Foto colorida de meme divulgada pelo deputado Gustavo Gayer sobre alta do dólar - Metrópoles

Já na outra ponta do Congresso Nacional, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) enfatizou que a alta do dólar não impacta a vida somente de quem viaja ao exterior, mas também o custo de vida dos brasileiros em geral.

“Não se trata de ir à Disney, é abastecer o carro, é comprar roupas, é comprar produtos de limpeza e higiene. O dólar tem impacto na faixa de preços e no custo de vida dos brasileiros. Dólar a R$ 6 é o Lula lascando o povo, mas com amor”, indicou o senador.

Veja:

Foto colorida de meme divulgada pelo senador Flávio Bolsonaro sobre alta do dólar - Metrópoles

Os aliados do ex-presidente utilizam o momento de alta do dólar e divulgação de medidas de contenção de gastos, sendo algumas consideradas impopulares, para mudarem o foco das redes sociais após Jair Bolsonaro ser indiciado pela Polícia Federal (PF).

Os movimentos bolsonaristas passaram por uma série de episódios que colocaram em cheque a defesa de algumas pautas, como a anistia aos envolvidos nas manifestações antidemocráticas de 8 de janeiro de 2023.

A controvérsia da ala ligada ao ex-presidente começou quando Francisco Wanderley Luiz, 59 anos, jogou explosivos contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF) e, momentos antes, o carro dele ter explodido no estacionamento do Anexo IV da Câmara.

Na sequência, a PF prendeu cinco pessoas que planejavam os assassinatos do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o intuito de manter Bolsonaro no poder.

Depois foi a vez de focar na alta cúpula do bolsonarismo, com o indiciamento do próprio Bolsonaro e do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

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