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Com Macaé Evaristo, Lula prioriza diversidade após polêmicas

Governo Lula começou com recorde de mulheres em ministérios, mas demitiu nomes femininos para dar lugar a homens do Centrão

atualizado

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Ricardo Stuckert/PR
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado de Macaé Evaristo, nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, que assume cargo após demissão de Silvio Almeida.
1 de 1 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao lado de Macaé Evaristo, nova ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, que assume cargo após demissão de Silvio Almeida. - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou o nome de Macaé Evaristo para assumir o Ministério dos Direitos Humanos no lugar de Silvio Almeida, demitido após denúncias de assédio sexual. O caso foi relevado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado.

A entrada de Evaristo amplia a diversidade no alto escalão do governo, mas o número de mulheres ainda é inferior ao que iniciou a gestão. Ainda no primeiro ano de governo, Lula demitiu duas ministras para acomodar homens indicados por partidos do Centrão.

Primeiro, a então ministra do Turismo Daniela Carneiro, que deixou a pasta para a entrada de Celso Sabino. Depois, Ana Moser foi demitida do Ministério do Esporte para dar lugar a André Fufuca. Na época, Lula queria ampliar sua base no Congresso Nacional em meio à dificuldade de aprovar projetos de interesse do governo.

Além das ministras, o titular do Planalto também trocou a então presidente da Caixa Econômica Federal Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira Fernandes, apadrinhado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. As trocas geraram críticas ao presidente por não priorizar a indicação de mulheres.

Na ocasião, ele se defendeu e disse “lamentar profundamente” retirar mulheres de postos estratégicos do governo, mas argumentou que “nem sempre o partido tem uma mulher para indicar”.

“Eu lamento profundamente não poder indicar mais mulheres do que homens no governo. Acontece, que quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não possa tirar homens e colocar mulheres no governo”, explicou o petista, ao lado da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.

Suprema Corte

Outro ponto que causou polêmica foram as indicações de Lula ao Supremo Tribunal Federal (STF). O chefe do Executivo sofreu pressão para fazer uma escolha inédita e colocar uma mulher negra para ocupar uma cadeira na Suprema Corte.

Mas Lula optou por indicar seu advogado pessoal Cristiano Zanin e o então ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, nas saídas de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber.

O STF nunca teve uma ministra negra em mais de 130 anos de existência. A ministra Cármen Lúcia é a única mulher, entre 11 integrantes, a ocupar atualmente uma cadeira no tribunal. O cenário deve se manter pelo menos até 2028, quando o ministro Luiz Fux se aposenta e deixa uma vaga em aberto.

Diversidade

O novo governo Lula começou com 11 ministras contra 26 ministros, além de duas mulheres, Rita Serrano e Tarciana Medeiros, na administração da Caixa e do Banco do Brasil, respectivamente. O número de mulheres em primeiro escalão foi o maior da história, ultrapassando as 10 mulheres que chefiaram pastas simultaneamente na gestão de Dilma Rousseff (PT).

Após a demissão de Carneiro e Moser, e com a nomeação de Macaé Evaristo, chega a 10 o número de mulheres no alto escalão do governo. São elas:

  1. Margareth Menezes (Cultura)
  2. Nísia Trindade (Saúde)
  3. Simone Tebet (Planejamento e Orçamento)
  4. Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos)
  5. Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação)
  6. Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima)
  7. Cida Gonçalves (Mulheres)
  8. Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania)
  9. Anielle Franco (Igualdade Racial)
  10. Sonia Guajajara (Povos Indígenas)

Macaé assume o lugar de Silvio Almeida, que foi demitido na última sexta-feira (6/9) após acusações de assédio sexual. O caso foi revelado pelo Metrópoles, na coluna de Guilherme Amado. Entre as vítimas estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

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