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Com Lavrov, Vieira critica sanções à Rússia e defende “paz duradoura”

Sergey Lavrov, ministro da Rússia, é o primeiro representante do país a vir ao Brasil desde o início da guerra. Ele se reúne com Lula às 17h

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Lavrov no Itamaraty (5)
1 de 1 Lavrov no Itamaraty (5) - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu que o Brasil se posiciona a favor “do cessar fogo imediato, do direito humanitário e da paz duradoura” na guerra entre a Rússia e a Ucrânia. A declaração ocorreu nesta segunda-feira (17/4), após a reunião com o ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov.

“Renovei a disposição brasileira em contribuir com uma solução pacífica para o conflito, recordando as manifestações do presidente Lula em fazer um grupo de países amigos para manifestar a paz no Leste Europeu”, explicou o ministro.

O chanceler brasileiro também criticou as sanções aplicadas ao governo russo em razão do conflito no Leste Europeu. As forças do Kremlin invadiram o território ucraniano em fevereiro do ano passado, em uma guerra que impactou severamente o cenário global.

“Reiterei a posição brasileira contra a aplicação de sanções unilaterais. Tais medidas, além de não contarem com a aprovação do Conselho de Segurança da ONU, têm impacto negativo sobre as economias de todo mundo, em especial dos países em desenvolvimento”, prosseguiu.

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Sergey Lavrov, chanceler da Rússia
Em coletiva ao lado de Lavrov, Vieira criticou sanções à Rússia e defendeu paz duradoura
Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil
Sergey Lavrov, chanceler da Rússia, e Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil
Lavrov defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU
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Mauro Vieira e Sergey Lavrov chegam para coletiva no Itamaraty

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Sergey Lavrov, chanceler da Rússia

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Em coletiva ao lado de Lavrov, Vieira criticou sanções à Rússia e defendeu paz duradoura

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Lavrov defendeu a entrada do Brasil no Conselho de Segurança da ONU

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Sergey Lavrov, chanceler da Rússia, e Mauro Vieira, ministro das Relações Exteriores do Brasil

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Lavrov chegou a Brasília nesta segunda (17/4) para uma agenda extensa com o governo brasileiro. A vinda do principal diplomata russo a Brasília ocorre em meio às propostas de Lula para a criação de um grupo de mediação com o objetivo de alcançar a paz no Leste Europeu. Os olhos do mundo estão atentos para o que pode ser um teste da neutralidade da diplomacia brasileira.

O chanceler russo, por sua vez, defendeu que as “visões do Brasil e da Rússia são únicas em relação ao que acontece no mundo”, e que os países estão se movimentando em busca de “uma ordem mundial mais justa e correta”.

“Estamos agradecidos ao Brasil pela contribuição de solução desse conflito e desse problema, e estamos levando em consideração esse contexto. Precisamos resolver de forma duradoura, e não imediata”, frisou.

Nova governança global

Os chanceleres reforçaram ainda o apoio da Rússia à candidatura do Brasil como um dos membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas.

De acordo com Vieira, ele e Lavrov discutiram uma “reforma da governança global”, a partir do “apoio público reiterado da Rússia ao Brasil” como membro do conselho, e da importância dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) no cenário internacional.

O ministro do Kremlin também reiterou o convite do presidente Vladimir Putin, para que Lula realize uma visita oficial à Rússia. Diante do convite, o chanceler brasileiro afirmou que o Itamaraty estuda “datas convenientes” para ambas as partes no futuro.

Agenda no Brasil

Lavrov chegou ao Palácio Itamaraty às 10h35 desta segunda-feira (17/4), para a primeira reunião bilateral de uma agenda extensa com o governo brasileiro. O chanceler russo foi recebido pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

Após os encontros bilaterais pela manhã, o representante do governo de Vladmir Putin será homenageado em um almoço no Itamaraty. Mais tarde, ele terá uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), marcada para as 17h no Palácio da Alvorada.

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A última vez que Lavrov esteve no Brasil foi em 2019
Chanceler russo e Mauro Vieira no Itamaraty
Ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, chega ao Itamaraty, em Brasília
O ministro russo desembarcou em Brasília por volta das 8h da manhã
Ele é o primeiro membro do primeiro escalão da Rússia a vir ao Brasil desde o início da guerra, em fevereiro de 2022
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O chanceler russo foi recepcionado pelo homólogo brasileiro, Mauro Vieira

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A última vez que Lavrov esteve no Brasil foi em 2019

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Chanceler russo e Mauro Vieira no Itamaraty

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Ministro de Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergey Lavrov, chega ao Itamaraty, em Brasília

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O ministro russo desembarcou em Brasília por volta das 8h da manhã

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Ele é o primeiro membro do primeiro escalão da Rússia a vir ao Brasil desde o início da guerra, em fevereiro de 2022

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Além dos laços históricos de amizade e cooperação entre Brasil e Rússia, os países mantêm relacionamento comercial. A Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes para o Brasil. Em 2022, o comércio bilateral atingiu o recorde histórico de US$ 9,8 bilhões.

Esta é a primeira vez que um representante do primeiro escalão do governo de Vladmir Putin vem ao Brasil após o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

Negociação de paz

No domingo (16/4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acusou os Estados Unidos e a Europa de prolongarem a guerra na Ucrânia e defendeu a criação de uma espécie de um G20 político para restabelecer a paz. A declaração ocorreu durante visita do mandatário brasileiro a Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

A paz está muito difícil. O presidente [da Rússia Vladimir] Putin não toma iniciativa de paz, o [presidente da Ucrânia, Volodymyr] Zelenski não toma iniciativa de paz. A Europa e os Estados Unidos terminam dando a contribuição para a continuidade desta guerra”, afirmou Lula, durante uma coletiva de imprensa no fim da viagem à capital dos Emirados.

O presidente também voltou a acusar a Ucrânia de ter participação no início do conflito. “A construção da guerra foi mais fácil do que será a saída da guerra, porque a decisão da guerra foi tomada por dois países”, disse.

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