Com Galípolo indicado e corte de juros nos EUA, dólar opera em alta
Moeda americana opera em alta, chegando a R$ 5,66, na manhã desta quinta-feira (29/8), repercutindo a indicação ao BC e a situação nos EUA
atualizado
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Um dia após a indicação de Gabriel Galípolo à presidência do Banco Central (BC) brasileiro, o dólar comercial opera na abertura desta quinta-feira (29/8) em alta. Às 10h30, a moeda tinha alta de 1,20%, a R$ 5,6233.
Também há impacto das novas falas de um dirigente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), sobre o momento para corte de juros nos Estados Unidos, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano. Os recentes dados da economia americana, com inflação em queda e a taxa de desemprego acima do esperado, indicam que pode ser “hora de agir” e cortar as taxas de juros no país.
Na quarta-feira (28/8), o principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou com alta de 0,42%, aos 137.343,96 pontos. Este é o maior patamar histórico de fechamento, em termos nominais. Na máxima do dia, chegou a 137.469 pontos, recorde de pontuação durante o pregão.
O dólar encerrou a sessão em alta de 0,96%, valendo R$ 5,55. Com o resultado, a moeda americana acumulou alta de 1,41% na semana, recuo de 1,73% no mês e alta de 14,51% no ano.
Sabatina
O governo federal já articula com o Senado Federal uma data para a sabatina de Gabriel Galípolo na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) .
Galípolo foi braço direito de Fernando Haddad no Ministério da Fazenda nos primeiros meses de 2023, como secretário-executivo e, agora, é um dos oito diretores do Banco Central, na diretoria de Política Monetária.
Economistas não acreditam que ele vá mudar a linha do BC, mas há incertezas sobre sua atuação e nível de independência no órgão.