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Com falas de Lula, Tebet questiona período de mandato no comando do BC

Ministra Simone Tebet disse que o fato de Lula ter herdado gestão do BC de governo anterior causa estresse. Ela defende um formato diferente

atualizado

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Geraldo Magela/Agência Senado
Ministra do Planejamento, Simone Tebet, no Senado
1 de 1 Ministra do Planejamento, Simone Tebet, no Senado - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, questionou nesta terça-feira (2/7) o período de mandato para o cargo de presidente do Banco Central (BC). Na avaliação da ministra, um presidente da República herdar um comandante da instituição indicado pela gestão anterior por dois anos causa “estresse” e “ruídos”.

A declaração se dá na esteira das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto. Ele foi indicado ao cargo pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Todo mundo sabe que eu apoio a autonomia do BC. Mas eu tenho um questionamento que eu disse para alguns colegas no passado, não só do governo passado, mas serve até para esse governo, o governo do presidente Lula, pensando lá no próximo presidente. Acho que seria saudável. É saudável a autonomia do BC, mas eu questionei esses dois anos de um presidente de um banco central de governos passados. Acho que um ano é mais do suficiente para se adequar e passar o bastão”, disse a jornalistas.

Atualmente o presidente do BC tem um mandato de quatro anos, o que faz com que o ocupante do cargo ainda fique dois anos na função depois da troca de presidente da República.

A ministra defendeu nesta terça a manutenção dos 4 anos, mas um mandato de três anos do presidente do BC na gestão do chefe do Executivo que o indicou e só um ano na nova gestão presidencial. Hoje um presidente do BC fica dois anos em um mandato presidencial e dois anos em outro.

A ministra enfatizou que isso não significa “uma interferência” do Executivo ou do Legislativo no BC, mas evitar o conflito.

“Repito: não é porque isso significa que vai haver interferência do Executivo ou do legislativo no Banco Central, isso não é permitido, a autonomia do BC está aí, é uma preceito constitucional que eu comungo, e o governo sabe disso. Mas realmente dois anos, eu acho que cria esse estresse, cria esse ruído”. declarou.

Dólar alto: “Precisa perguntar ao BC”, diz Tebet

A ministra também foi questionada sobre o que fazer para o dólar parar de subir. Atualmente a moeda norte-americana está acima de R$5,60. A emedebista disse que é preciso fazer o questionamento ao BC.

“Essa é uma pergunta que tem que ser feita para a política monetária. Eu não faço parte do BC e nem dos diretores. Mas a política monetária tem alguns mecanismos que podem ser acionados de acordo com a necessidade, o entendimento técnico do Banco Central”, respondeu.

A chefe da pasta do Planejamento disse que ela e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estão comprometidos com a responsabilidade fiscal.

“Nós estamos mostrando para o mercado, da minha parte e do ministro Haddad, que estamos comprometidos com a responsabilidade fiscal. Nós temos uma meta esse ano que é a meta zero, nós estamos focando no centro dessa meta. Nós não podemos gastar mais do que nós arrecadamos”, afirmou.

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