Com expansão de Ômicron e gripe, SP inicia mutirão de dupla testagem
Na capital paulista, casos de Ômicron ultrapassam 50% dos diagnósticos de Covid e atendimento a pacientes com gripe cresceu 156% em dezembro
atualizado
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São Paulo – A cidade de São Paulo inicia, nesta quarta-feira (5/1), um mutirão de dupla testagem nas pessoas com sintomas de síndrome gripal.
O objetivo, de acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, é fazer um mapeamento preciso da situação epidemiológica do município em relação à Covid-19 e à gripe, especialmente a influenza H3N2.
Isso porque diariamente mais de 20 mil pessoas estão sendo atendidas nos postos de saúde com sintomas de gripe, que são semelhantes àqueles causados pelo coronavírus.
Em dezembro, os atendimentos a pessoas com quadro respiratório gripe aumentaram 156% em relação a novembro. Foram registradas 286.858 ocorrências, contra 111.949 do mês anterior.
“Tem uma pressão muito grande na rede hospitalar”, justifica o secretário.
Aparecido, no entanto, assegura que as filas e o tempo de espera reduziram: “A situação hoje é bem diferente dos últimos 15 dias”.
Ao mesmo tempo em que há o surto de influenza H3n2, há também aumento de casos da variante Ômicron da Covid-19.
De acordo com ele, na primeira semana de dezembro, 5% dos casos sequenciados de pacientes com o coronavírus eram da nova variante. Na semana seguinte, já representavam 37%. Dados desta semana apontam que o índice está em 52%.
O secretário, entretanto, diz que o sistema de Saúde não foi afetado. “Houve aumento de 30% de casos de Covid em janeiro, mas a rede hospitalar não foi impactada”, pontua.
Aparecido diz ainda que, ao longo de toda pandemia, houve 24 casos de pacientes internados com dupla infecção. Mas, segundo o secretário, não há mais casos de paciente com as duas doenças.