Com empréstimos da ordem de R$ 335 mi, BNDES cobra Ford sobre saída do país
Nessa segunda-feira, a empresa anunciou que vai encerrar a produção de carros no Brasil após 67 anos de atuação em território brasileira
atualizado
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Com o fechamento da Ford no Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pediu explicações à empresa automobilística sobre o encerramento de suas atividades, cujo anúncio foi feito, nessa segunda-feira (12/1), pela montadora. Já nesta terça-feira (11/1), o banco informou que há dois contratos de empréstimo entre a Ford e a instituição, no valor de R$ 335 milhões, além de 30 contratos de financiamentos indiretos. As informações são do UOl.
O BNDES ainda explicou que os contratos de empréstimo foram assinados entre 2014 e 2017 e têm como objeto projetos destinados ao desenvolvimento de novos produtos da montadora para o Brasil. O banco relatou que esses acordos também possuem cláusulas que preveem a manutenção do emprego durante a implementação dos projetos.
Ainda de acordo com o banco, os empréstimos já passaram da metade do prazo total e os pagamentos estão em dia. Já os contratos de financiamento indiretos, que somam R$ 54,2 milhões, foram fechados por meio de parceiros, agentes financeiros previamente credenciados que são responsáveis pela análise cadastral e de crédito dos clientes, assumindo o risco das operações financeiras perante o BNDES.
Por fim, o BNDES disse aguardar as respostas para avaliar os impactos da decisão da Ford sobre os empréstimos ainda vigentes.
O fechamento
Nessa segunda, a empresa anunciou que vai encerrar a produção de carros no Brasil após 67 anos de atuação em território brasileiro.
Com o fechamento de fábricas da Ford em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE), 5 mil funcionários serão demitidos.
A Ford também afirmou que incluirá novos veículos ao portfólio para atender os brasileiros. Os carros serão produzidos na Argentina, no Uruguai e em outros países.
Além disso, clientes do Brasil ainda poderão ter acesso ao serviço de assistência ao consumidor.
