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Com Covid-19 em alta e tragédia em Manaus, Bolsonaro é alvo de panelaços. Veja

Brasileiros protestaram em diversas cidades do país na noite desta quinta-feira e postaram vídeos nas redes sociais

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Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Panelaços e buzinaços de protesto contra o presidente Jair Bolsonaro foram registrados em cidades brasileiras na noite desta sexta-feira (15/1). A demora no início da vacinação para a Covid-19 no Brasil e o colapso na saúde de Manaus, com falta de cilindros de oxigênio para tratar pacientes, provocou uma mobilização virtual para o protesto, marcado para às 20h30. A manifestação foi promovida  por anônimos e por famosos, como o apresentador de TV Luciano Huck.

Vídeos com os panelaços estão sendo postados nesta noite de sexta. Veja exemplos:

Veja mais um exemplo na Asa Norte, em Brasília:

Reação

Bolsonaro e seu entorno perceberam que a piora nas curvas do coronavírus, simbolizada de forma dramática por Manaus, está impactando na popularidade do governo. Apenas nesta sexta o presidente da República concedeu duas entrevistas a programas jornalísticos simpáticos ao governo e se defendeu das acusações de descaso e disse que o governo federal tem trabalhado para aplacar o sofrimento dos amazonenses.

Nas redes sociais, Bolsonaro também propagandeou as verbas que o governo federal repassou ao Amazonas. Nas redes bolsonaristas no WhatsApp, vem sendo trabalhada a narrativa de que a culpa pelo colapso é do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que é, na teoria, um aliado político do presidente.

O vereador pelo Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro também dedicou parte de seu dia a defender o pai e atacar adversários. “Todos os vagabundos estão se movimentando juntinhos em mais uma narrativa ‘inesperada'”, provocou ele no Twitter nesta sexta, usando seu habitual tom enigmático.

Mesmo sem dados do Amazonas, que passa por um período crítico por falta de oxigênio nos hospitais, a média móvel de mortes por Covid-19 no Brasil voltou a subir nesta quinta-feira (14/1) e chegou a 953. O indicador, em comparação com o registrado há 14 dias, sofreu acréscimo de 35,35%, o que indica alta.
Em números absolutos, o país registrou 1.038 óbitos em decorrência da Covid-19 e 66.047 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 208.113 vidas para a doença e computou 8.390.341 casos de contaminação.
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