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Com coronavírus, médico de 28 anos perde avó e mãe em três dias

O jovem médico precisou sair da quarentena para enterrar a mãe. “Fui a única testemunha”

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1 de 1 douglas_médico_mãeavó4 - Foto: Reprodução/Instagram

O médico Douglas Sterzza Dias, de 28 anos, viu sua vida virar do avesso nas últimas semanas. Em apenas três dias, ele perdeu a mãe e a avó para o novo coronavírus. Neste meio tempo, um tio foi parar na UTI e outro começou a sentir os sintomas da doença. Além disso, ele também recebeu resultado positivo para Covid-19.

“Para minha família não foi uma gripezinha”, contou ao blog da Cristiane Segatto, do site Viva Bem. “É notícia ruim atrás de outra pior.”

Em quarentena, precisou sair do isolamento para enterrar a mãe, Rita de Cássia. Segundo Dias, ela teve os primeiros sintomas no último dia 15 de fevereiro. Era domingo. Na terça, já foi internada e entubada na UTI. Três dias depois, morreu.

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Três dias depois, voltou às redes sociais para homenagear a mãe, que também morreu por conta do novo coronavírus
O jovem médico foi diagnosticado com Covid-19 na mesma época que a mãe. Depois da quarentena, anunciou o retorno ao trabalho
Douglas com a avó, o pai e a mãe
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O médico Douglas Sterzza Dias, de 28 anos, homenageou a avó nas redes sociais. "É nonna... Sua missão neste plano esta cumprida. Com louvor ! 3 filhos, 2 netos... Cabeça 100% até o final"

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Três dias depois, voltou às redes sociais para homenagear a mãe, que também morreu por conta do novo coronavírus

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O jovem médico foi diagnosticado com Covid-19 na mesma época que a mãe. Depois da quarentena, anunciou o retorno ao trabalho

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Douglas com a avó, o pai e a mãe

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Enquanto lidava com a dor de uma mãe no hospital, um tio também foi para a UTI e outro começou a sentir os primeiros sintomas. A avó Iracema, que havia caído, teve contato com os filhos infectados antes do diagnóstico, já que precisava de ajuda 24 horas por dia.

Pouco depois de saber que a filha estava ruim no hospital, começou a delirar. Teve uma deficiência de oxigênio no sangue (sintoma grave compatível com a Covid-19),  duas paradas cardíacas e não resistiu. Morreu pouco antes da filha, mãe de Dias.

“Precisei escapar da quarentena para cuidar do sepultamento. Não queria que meu pai se expusesse. Ele é idoso e diabético”, contou o médico. “O corpo da minha mãe saiu do carro funerário direto para a cova. Fui a única testemunha. Eu ali, sem ter ninguém para abraçar e compartilhar minha dor. Peguei o carro e voltei para o meu isolamento.”

Residente em cirurgia vascular, Dias trabalha no Hospital São Paulo, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Infectado, aguardou a quarentena para voltar ao trabalho. Nessa terça-feira (31/03) anunciou o retorno pelas redes sociais. “Precisamos estar na linha de frente. É isso que escolhi fazer”, escreveu.

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