metropoles.com

Com compensação na pauta do Senado, governo insiste em “fonte perene”

Projeto que compensa a desoneração da folha de pagamentos está na pauta do plenário do Senado da próxima quarta-feira (10/7)

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, representa o presidente Lula na cerimônia - metrópoles
1 de 1 Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, representa o presidente Lula na cerimônia - metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reforçou nesta segunda-feira (8/7) que a desoneração da folha de setores econômicos e dos municípios precisa ser compensada por uma fonte “perene”.

Ele e os líderes do governo se reuniram, no início da tarde, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na sede da pasta, para tratar da pauta da semana. O projeto da compensação está previsto para ser votado pelo plenário do Senado na próxima quarta-feira (10/7).

“Você pode ter uma combinação de fontes de compensação. Precisa ter uma compensação para a queda de arrecadação da Previdência, que é a desoneração dos setores econômicos e dos municípios. Essa foi a decisão do STF [Supremo Tribunal Federal], isso está na Constituição, o próprio Congresso Nacional colocou isso, reafirmou isso na Constituição e na LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal] quando aprovou a última reforma previdenciária”, disse Padilha.

O Supremo deu 60 dias para a apresentação de medidas compensatórias à desoneração da folha. Como as medidas sugeridas pelo governo não foram aceitas pelos parlamentares, Legislativo e Executivo estudam outras alternativas.

O ministro argumentou que a combinação de fontes de compensação é uma cesta que pode abarcar medidas de arrecadação mais imediatas, de corte de despesas, mas também exige uma fonte perene.

Entenda

No começo de junho, o governo editou uma medida provisória (MP) sugerindo medidas compensatórias para equilibrar as contas públicas diante da desoneração da folha de pagamento. No entanto, a proposta não foi bem recebida por setores da economia e parlamentares, que a apelidaram de “MP do Fim do Mundo”.

Dias depois, porém, o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolveu o trecho que tratava da limitação dos créditos do PIS/Cofins e que visava compensar a renúncia fiscal com a prorrogação da desoneração neste ano.

O tema é tratado dentro do novo projeto de reoneração gradual, apresentado pelo líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (União Brasil-PB), que define que as alíquotas vão progredir da seguinte forma:

  • 2024: folha segue desonerada;
  • 2025: 5%;
  • 2026: 10%;
  • 2027: 15%;
  • 2028: 20%.

O relator do projeto é o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), que costura um acordo. “A expectativa é que possa se avançar, precisa ter essa fonte perene para que possa ser apresentado o relatório pelo relator Jacques Wagner e possa ser votado no Senado”, concluiu Padilha.

O Senado estima que valor a ser compensado é abaixo dos R$ 29 bilhões previstos pelo governo federal, e estaria na faixa entre R$ 16 bilhões e R$ 17 bilhões.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?