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Com colapso na saúde, Brasil ultrapassa 300 mil mortes por Covid-19

Nos últimos 24 dias, o vírus Sars-CoV-2 vitimou 45.733 pessoas no país, tornando março de 2021 o mês mais letal da doença

atualizado

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cemiterio covas mortos covid brasilia
1 de 1 cemiterio covas mortos covid brasilia - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pouco mais de um ano após a primeira morte por Covid-19 no Brasil, o país alcançou a triste marca de 300.675 óbitos pela doença. Impulsionado pelos 1.999 brasileiros que perderam a batalha para o Sars-CoV-2 nesta quarta-feira (24/3), o número fez com que a média móvel chegasse a 2.271 – um acréscimo de 33,4%, em comparação com o verificado há 14 dias.

Apesar da queda na média, em relação ao dia anterior – que registrou 2.364 mortes –, vale ressaltar que as estatísticas desta quarta sofreram problemas na atualização, depois que o Ministério da Saúde decidiu mudar a forma de registro de óbito. A modificação, na prática, poderia impactar a notificação das mortes por Covid-19. Horas depois, a pasta recuou na decisão, mas o sistema ficou instável.

Em relação aos infectados, foram contabilizados 89.414 novos casos. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já computou 12.219.433 casos de contaminação.

Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas para identificar a evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Mês mais letal

Março nem acabou e já indica que o pesadelo da Covid-19 no Brasil está longe de acabar. Em apenas 24 dias, o vírus Sars-CoV-2 vitimou 45.733 pessoas no país, tornando o terceiro mês de 2021 o mais letal da doença por aqui. 

Até então, os dias mais “trágicos” tinham ficado para trás, em julho de 2020, quando 32.881 brasileiros perderam a vida para o vírus – uma média de 1.060 por dia.

Veja gráfico:

Tarcísio Marciano da Rocha Filho, professor do Instituto de Física e um dos membros de um grupo de pesquisa interdisciplinar que abarca várias universidades brasileiras para estudar o avanço da Covid-19 no país, já havia alertado, em entrevista ao Metrópoles, sobre o aumento de óbitos e casos no primeiro semestre de 2021. “Vamos começar este ano com números preocupantes, e a tendência é crescer ainda mais. A previsão é um novo pico para março e abril, que vai ser ainda mais complicado do que já vivemos.”

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Paciente internado em Goiânia
Paciente com Covid-19 chega para ser atendido em Goiânia
Registro de entrada de paciente no Hospital de Campanha de Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), em Goiânia
Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano
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Paciente com Covid internado em Goiânia

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Paciente internado em Goiânia

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Paciente com Covid-19 chega para ser atendido em Goiânia

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Registro de entrada de paciente no Hospital de Campanha de Enfrentamento ao Coronavírus (HCamp), em Goiânia

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Pacientes com Covid-19 sofreram com a falta de leitos de UTI e de oxigênio, em Manaus (AM), no início deste ano

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Movimentação no Hospital de Base

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O projeto tem como público-alvo crianças e adolescentes que ficarão órfãos devido à Covid-19

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Cemitério Vila Formosa

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Enterro de vítimas da Covid-19 em cemitério de Goiânia, goiás

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Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM)

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Cemitério em Manaus, no Amazonas, no auge da pandemia de Covid-19 no estado

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Cemitério em Manaus, no Amazonas, no auge da pandemia de Covid-19 no estado

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Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana, dividida por sete.

O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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