metropoles.com

Com Brasil à frente do G20, Lula diz: “Não convém mundo com conflitos”

O presidente Lula também criticou a atual estrutura das instituições de governança global, que, segundo ele, “não têm representatividade”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Ricardo Stuckert/PR
Imagemn colorida de
1 de 1 Imagemn colorida de - Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quarta-feira (13/12), durante reunião conjunta das trilhas de sherpas e finanças do G20 – grupo que reúne as maiores economias do mundo – que o Brasil “continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente” no conflito entre Israel e o grupo extremista Hamas, que ocorre desde 7 de outubro.

“Não nos convém um mundo marcado pelo recrudescimento dos conflitos, pela crescente fragmentação, pela formação de blocos protecionistas e pela destruição ambiental. Suas consequências seriam imprevisíveis para a estabilidade geopolítica”, afirmou o petista.

O chefe do Planalto discursou a representantes de líderes do G20 reunidos no Palácio Itamaraty. Esse é o primeiro pronunciamento dele no âmbito do bloco, desde que o Brasil assumiu a presidência do grupo que reúne as maiores economias do mundo, até novembro de 2024.

Lula descreveu a guerra no Oriente Médio como uma “violação cotidiana do direito”, que, ainda de acordo com ele, resulta na morte de milhares de civis inocentes, sobretudo mulheres e crianças.

“O Brasil continuará trabalhando por um cessar-fogo permanente que permita a entrada da ajuda humanitária em Gaza e pela libertação imediata de todos os reféns pelo Hamas”, declarou.

9 imagens
Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros
ONU teme que situação em Gaza “mergulhe no profundo abismo” no Ramadã
Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza
Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense
Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza
1 de 9

Criança palestina em Gaza

UNICEF/UN0464417/El Baba
2 de 9

Israel intensifica as operações militares em Gaza depois que uma trégua sustentada entre o Hamas e Israel não durou mais de uma semana, apesar das negociações diplomáticas e da libertação de prisioneiros

Ahmad Hasaballah/Getty Images
3 de 9

ONU teme que situação em Gaza “mergulhe no profundo abismo” no Ramadã

Abed Rahim Khatib/Anadolu via Getty Images
4 de 9

Uma mulher caminha pelos escombros de prédios em Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images
5 de 9

Fumaça sobre Beit Hanoun após bombardeio israelense

Christopher Furlong/Getty Images
6 de 9

Mulher recolhe roupas após ter a casa destrída por bombardeio israelense em Deir el-Balah, na Faixa de Gaza

Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images
7 de 9

Palestino tenta apagar focos de incêndio após bombardeio em Khan Yunis

Mohammed Talatene/picture alliance via Getty Images
8 de 9

Na cidade de Deir al Balah, criança anda entre os escombros de prédios destruídos por bombardeios de Israel

Ashraf Amra/Anadolu via Getty Images
9 de 9

Hospital de Al-Quds na Faixa de Gaza

Ali Jadallah/Anadolu via Getty Images

O mandatário reforçou que a comunidade internacional precisa caminhar para uma solução capaz de estabelecer dois Estados, o de Israel e o da Palestina, “vivendo lado a lado em segurança”.

“Sem ação coletiva, essas múltiplas crises podem multiplicar-se e aprofundar-se. As desigualdades estão na raiz dos problemas que enfrentamos, ou contribuem para agravá-los”, defendeu.

Reforma do Conselho de Segurança da ONU

Durante o discurso, o presidente Lula voltou a criticar o “anacronismo” das instituições de governança global, que, segundo ele, não têm representatividade. Como exemplo, ele citou o modelo atual do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU constituíam, em 1945, 10% dos membros da organização. Hoje são somente 2,5%. Na sua fundação, as juntas do FMI [Fundo Monetário Internacional] e do Banco Mundial dispunham de 12 assentos para um total de 44 países. Hoje, as juntas têm cada uma 25 assentos representando 190 países”, explicou.

3 imagens
Lula na ONU
Lula falou da incapacidade dos países da ONU em resolver o conflito entre Ucrânia e Rússia
1 de 3

Em seu discurso na ONU, Lula falou sobre matriz energética, Amazônia, Ucrânia e desigualdade

Reprodução/YouTube
2 de 3

Lula na ONU

Ricardo Stuckert/PR
3 de 3

Lula falou da incapacidade dos países da ONU em resolver o conflito entre Ucrânia e Rússia

Ricardo Stuckert/PR

No momento, o Conselho é formado por cinco membros permanentes e 10 não permanentes, estes eleitos em mandatos de dois anos. Em 2023, o Brasil chegou a presidir temporariamente a organização em outubro, mês do estopim da guerra entre Israel e Hamas.

“Se mantida a proporção original, esses órgãos deveriam contar, hoje, com 52 cadeiras – o dobro de seu tamanho atual. Cerca de 70 países, muitos deles na África, estão insolventes ou próximos da insolvência”, disse Lula.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?