Com Bolsonaro inelegível, Mourão diz que TSE “cassou vontade popular”
Julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficará inelegível até 2030
atualizado
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O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lamentou, nesta sexta-feira (30/6), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível.
Em publicação feita no Twitter, Mourão comparou a decisão da Suprema Corte à cassação do mandato do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), deferida pelo TSE em maio deste ano.
“Assim, a Justiça Eleitoral do Brasil se notabiliza por cassar a vontade popular, como fez com Deltan Dallagnol agora faz com Jair Bolsonaro”, escreveu.
Depois, o senador citou a frase “o tempora, o mores” que, em latim, significa “ó tempos, ó costume”. A frase teria sido bradada por Cícero no Senado Romano contra vício da política de seu tempo.
Bolsonaro inelegível
O TSE condenou, nesta sexta-feira (30/6), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à inelegibilidade até 2030 por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em uma reunião com embaixadores, em julho de 2022.
A decisão impede o ex-mandatário da República de concorrer às eleições de 2024, 2026, 2028 e 2030.
O último a votar foi o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Segundo ele, o resultado do julgamento é uma resposta à “fé na democracia” e ao “Estado de Direito”.
Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) julgada, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) acusou Bolsonaro de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante reunião do então presidente com embaixadores estrangeiros, no Palácio da Alvorada.