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Com bloqueio de caminhoneiros, ramo dos eletrônicos prevê interrupção

De acordo com boletim mais recente do Ministério da Infraestrutura e Polícia Rodoviária Federal, bloqueios são registrados em 15 estados

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Caminhoneiros pró-Bolsonaro bloqueiam passagem de caminhões no Km 42 da GO-020. Os manifestantes estão posicionados na entrada da cidade de Bela Vista 1
1 de 1 Caminhoneiros pró-Bolsonaro bloqueiam passagem de caminhões no Km 42 da GO-020. Os manifestantes estão posicionados na entrada da cidade de Bela Vista 1 - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Com o protesto da categoria de caminhoneiros, que chegou a bloquear rodovias de 15 estados do Brasil e hoje atinge oito unidades da Federação, a associação que reúne fabricantes de eletroeletrônicos e eletrodomésticos Eletros, afirmou que corre risco de paralisar as atividades. Isso em decorrência da falta de insumos, que começa a afetá-los na produção dos utensílios.

“A entidade espera que a situação seja resolvida rapidamente com a normalização do fluxo dos transportes para a manutenção da regularidade produtiva e logística”, diz a Eletros, que monitora o movimento dos caminhoneiros pelo país, à Folha de S. Paulo.

De acordo com boletim do Ministério da Infraestrutura e Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgado às 00h30 desta quinta-feira (9/9), os bloqueios  foram registrados nos seguintes estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, Mato Grosso, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Rio de Janeiro, Rondônia. Maranhão, Roraima, São Paulo e Pará. Alguns postos já começaram a ficar sem combustíveis.

O movimento é organizado por caminhoneiros autônomos, um dia após manifestantes pró-governo pedirem, dentre outras pautas, o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional, em diversos atos pelo país. Além desses temas, os motoristas que aderiram à paralisação cobram a redução dos impostos e do preço dos combustíveis.

De acordo com o boletim os pontos de retenção na região norte de Santa Catarina, onde a mobilização chegou a ameaçar condições de abastecimento, já estão liberados por equipes da PRF. “Todos os pontos de bloqueio registrados no Rio Grande do Sul e em São Paulo foram liberados. Há duas ocorrências de interdição em Minas Gerais e a PRF já está no local atuando”, diz o comunicado.

Ainda na noite de quarta-feira (8/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) gravou áudio, pedindo aos caminhoneiros para liberarem as estradas do país. Na gravação, obtida pelo G1, Bolsonaro aparece dizendo que o bloqueio atrapalha a economia.

“Fala para os caminhoneiros aí, que são nossos aliados, mas esses bloqueios atrapalham a nossa economia. Isso provoca desabastecimento, inflação e prejudica todo mundo, em especial, os mais pobres”, falou.

“Então, dá um toque no caras aí, se for possível, para liberar , tá ok? Para a gente seguir a normalidade. Deixa com a gente em Brasília aqui e agora. Mas não é fácil negociar e conversar por aqui com autoridades. Não é fácil. Mas a gente vai fazer a nossa parte aqui e vamos buscar uma solução para isso, tá ok? E aproveita, em meu nome, dá um abraço em todos os caminhoneiros. Valeu”, continuou.

A autenticidade do áudio foi confirmada pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. Em vídeo publicado em grupos de WhatsApp, o ministro confirmou o conteúdo do áudio e reafirmou a preocupação do presidente Bolsonaro com o bloqueio das estradas.

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