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Com Biden, Lula fala em “renascimento” das relações entre Brasil e EUA

Lula está nos EUA para tradicional discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas. Ele e Biden lançam pacto para trabalho decente

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1 de 1 Imagem colorida dos presidentes do Brasil e dos EUa, Lula e Biden - Foto: Ricardo Stuckert/PR

Em visita a Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, ao lado do presidente norte-americano, Joe Biden, que a reunião desta quarta-feira (20/9) representa o “renascimento das relações” entre Brasil e Estados Unidos.

Os líderes estão em agenda bilateral antes do lançamento da “Coalizão Global pelo Trabalho”, focada no fortalecimento dos direitos trabalhistas.

“Esse encontro para mim é mais do que uma [reunião] bilateral. É o renascer de um novo tempo na relação Estados Unidos e Brasil. Uma relação de iguais, uma relação soberana, de interesses comuns em benefício do povo trabalhador do meu país e do seu país”, defendeu o mandatário ao lado de Biden.

Lula está nos Estados Unidos nesta semana para o tradicional discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), realizado nessa terça-feira (19/9). O mandatário aproveitou a ocasião para ter uma série de encontros com chefes de Estado reunidos em território norte-americano.

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Lula na ONU
Lula falou sobre desigualdade em discurso na ONU
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Lula abriu os discursos dos chefes de Estado da ONU

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Lula falou sobre desigualdade em discurso na ONU

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Durante a fala, Lula exaltou a relação de Biden com trabalhadores e líderes sindicalistas, e defendeu que há uma oportunidade de trabalho conjunta “excepcional” entre os dois países.

“Há uma coisa muito importante acontecendo neste instante político do mundo. Nós voltamos a democracia no Brasil, reconstruímos todas as alianças que poderíamos reconstruir”, declarou. O petista citou que o governo brasileiro assume a presidência do Brics em 2025, a liderança do G20 até novembro de 2024, e sediará a COP30 em 2025.

“Tudo isso a gente pode fazer compartilhado com o governo americano. É muito importante que a gente possa trabalhar juntos, que os Estados Unidos e a América do Norte vejam o que está acontecendo no Brasil neste momento histórico de transição ecológica, de mudança de matriz energética, o potencial que nosso país tem de investimento, em eólica, em solar, em biomassa, em biodiesel, em etanol, em hidrogênio verde.”

Desde que retornou à Presidência da República, Lula tem se dedicado a retomar relações diplomáticas enfraquecidas nos últimos quatro anos, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

No início da gestão, o ex-mandatário adotou um alinhamento quase automático aos EUA liderado por Donald Trump. No entanto, criou desconforto com Joe Biden após demorar em reconhecer a vitória do atual líder norte-americano nas eleições de 2020.

Esta agenda em NY é a segunda entre eles desde que o petista tomou posse. Em fevereiro, o presidente brasileiro foi recebido pelo americano na Casa Branca, em Washington D.C.

Acordo para o trabalho decente

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos lançam, nesta quarta-feira (20/9), um pacto em defesa de melhores condições de trabalho em seus respectivos países. A parceria tem como objetivo estimular a geração de empregos e proteger trabalhadores que atuam nas plataformas digitais.

Os dois governos reconhecem que a precarização do trabalho está em crescimento global. A parceria envolverá sindicatos do Brasil e dos EUA, além da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Há planos de incluir outros países.

Durante a reunião antes do lançamento, o líder norte-americano defendeu que “é uma honra lançar a nova parceria”.

“As duas maiores democracias do hemisfério ocidental estão defendendo direitos humanos no hemisfério e no mundo, incluindo os direitos dos trabalhadores”, declarou.

A iniciativa é a principal ambição diplomática do presidente Lula para além da Assembleia Geral das Nações Unidas, onde o brasileiro discursou na terça (19/9) e falou sobre o tema: “Aplicativos e plataformas não devem abolir as leis trabalhistas pelas quais tanto lutamos”, disse o petista.

 

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