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Com bens bloqueados, Andrade Gutierrez não paga dívida de R$ 1,2 bi

Construtora tinha prazo até segunda (30/4) para pagar a detentores de títulos emitidos no exterior, mas não teria conseguido levantar valor

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Uma das maiores empreiteiras do país, a Andrade Gutierrez deixou de pagar na segunda-feira (30/4) R$ 1,2 bilhão (US$ 345 milhões) a credores que adquiriram títulos emitidos por ela no exterior. A construtora mineira tenta levantar dinheiro novo no mercado para honrar o pagamento, informou a companhia à agência de risco Fitch Ratings, que nessa terça (1º/5) rebaixou a classificação da empresa, dando a ela a segunda pior nota em sua escala de avaliação.

As negociações para fazer o pagamento da dívida estavam avançadas até meados da semana passada, quando o Tribunal de Contas da União (TCU) bloqueou R$ 508 milhões em bens da empresa por suposto superfaturamento no contrato de obras civis da usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. Agora, com o calote, a companhia tornou-se vulnerável ao pedido de credores para antecipar o que têm a receber.

A construtora aposta, porém, que nenhum investidor tomará essa medida antes de esgotado o chamado período de “cura”, um prazo de carência de 30 dias dado aos devedores para acertar o débito. Mas os títulos emitidos pela Andrade não preveem esse tempo extra e, por isso, o risco ao qual a empresa está submetida é maior. Mesmo assim, a empreiteira julga que os investidores aguardarão o pagamento, confiando no levantamento de recursos no mercado nas próximas semanas.

É a mesma aposta feita pela Odebrecht, outra grande empreiteira que foi obrigada a confessar crimes após o avanço das investigações da Lava Jato e enfrenta grave crise. Na semana passada, a empresa baiana deixou de pagar R$ 500 milhões a credores estrangeiros e prometeu honrar a dívida tão logo convença bancos brasileiros a concederem novo empréstimo.

Como a rival, a Andrade tem encontrado dificuldade de fechar acordo e obter dinheiro novo, especialmente após a decisão do TCU. As tentativas nos últimos meses incluíram bancos brasileiros e investidores estrangeiros com maior apetite ao risco, como a gestora Pimco. O grupo mineiro tenta usar ações da companhia de concessões CCR, da qual é sócia, como garantia para essa nova dívida. Na Odebrecht, a operação envolve ações detidas pelo grupo na Braskem.

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