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Com avanço da Ômicron, país pode duplicar leitos de UTI, diz Queiroga

A preocupação do chefe da Saúde está ligada à circulação da variante Ômicron, que tem se mostrado mais contagiosa

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Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anuncia durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira 5:01, a inclusão de crianças de 5 a 11 anos contra covid 19 1
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anuncia durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira 5:01, a inclusão de crianças de 5 a 11 anos contra covid 19 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Apesar de um discurso otimista, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um alerta nesta segunda-feira (10/1): em caso de aumento de internações por causa de Covid-19, doença causada pelo coronavírus, o Brasil tem a capacidade de duplicar a quantidade de leitos de terapia intensiva (UTIs).

A preocupação do chefe da Saúde está ligada à circulação da variante Ômicron, que tem se mostrado mais contagiosa. Contudo, a nova cepa não tem aumentado os casos graves e as mortes, segundo o ministro.

Ao conversar com jornalistas ao sair da sede da pasta, em Brasília, Queiroga pediu tranquilidade à população, ressaltou a importância da vacinação e comentou sobre a abertura de leitos de UTI.

“Antes da pandemia, tínhamos 23 mil leitos. Depois, no auge da crise, subiram para 43 mil. No pior cenário, temos a capacidade de duplicar os leitos”, destacou.

Segundo Queiroga, houve uma queda de 90% no número de óbitos pela doença. “Quero tranquilizar os brasileiros. Temos estoques, por exemplo do kit intubação, para abastecer estados e municípios por um período de três meses”, frisou.

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento
Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido
Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas
Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo
O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus
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Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupação

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Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momento

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Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápido

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Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas

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Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo

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O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírus

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A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissível

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A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado ao HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humano

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De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou Delta

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Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova variante

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De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixa

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Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamente

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No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da Saúde

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Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadas

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A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventilados

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Queiroga comentou brevemente o comportamento sanitário que a variante tem tido no Brasil. “A Ômicron é mais transmissível, mas não temos observado um aumento de óbitos”, pontuou.

Por fim, o ministro disse estar confiante. “O cenário pandêmico é de incerteza, por causa da Ômicron, mas temos a esperança de não haver uma explosão de internações e de mortes”, concluiu.

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