Com aumento de Covid, Araraquara reforça lockdown e fecha mercados
Araraquara está em lockdown desde 15/2, mas rede de saúde ainda está sobrecarregada com casos decorrentes de contágio em semanas anteriores
atualizado
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São Paulo – A partir do meio-dia de domingo (21/2), a cidade de Araraquara entrará em um lockdown mais rigoroso. A cidade já estava com a circulação da população restrita desde a segunda-feira (15/2). Desta vez, fecharão até os serviços considerados essenciais.
Apenas hospitais e farmácias estarão de portas abertas. Mercados e bancos estarão proibidos de abrir até a terça-feira (23/2). Postos de combustíveis só atenderão veículos de profissionais de saúde, que devem comprovar o trabalho de atendimento emergencial, e ambulâncias.
O endurecimento das regras ocorre após recorde de novos casos na cidade, um polo regional, com 238 mil habitantes, a 251 km da capital, São Paulo. Os casos ainda são reflexo de contágios ocorridos em semanas anteriores, antes do lockdown.
Segundo boletim epidemiológico da sexta-feira (19/2), a cidade vem tendo uma taxa em torno de 40% de resultados positivos para Covid-19.
“Hoje, 227 pacientes estão internados. A cidade conta hoje com uma taxa de ocupação de 100% de leitos de enfermaria e 100% de UTI”, diz nota da Prefeitura da mesma data.
Na última semana, Araraquara registrou 24 mortes, sendo seis de pessoas com menos de 59 anos, dois óbitos eram de homens na faixa dos 30 anos.
“Não podemos em nenhum momento falar em flexibilização de decreto. E eu peço, eu suplico à população, nos auxilie. Se não tivermos isolamento social, nós não vamos estar falidos economicamente, nós vamos perder muitas pessoas”, disse a Secretária de Saúde Eliana Honain, que acabou também contraindo Covid-19 durante o trabalho, após visitas às instalações de saúde do município.
A confirmação do teste veio na quinta-feira (18/2). Segundo a prefeitura, Honain está com sintomas leves e continuará comandando a pasta de casa.