Com atrasos no pagamento, Covas decide estender por 3 meses auxílio de R$ 100 em SP
A Renda Básica Emergencial foi sancionada por Covas antes do primeiro turno das eleições de 2020; 18 mil famílias não receberam o benefício
atualizado
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O prefeito Bruno Covas (PSDB) apresentará uma proposta para estender o pagamento da Renda Básica Emergencial em São Paulo. De acordo com reportagem da Folha, o tucano pretende alongar o depósito de R$ 100 por três meses.
A medida deve ser oficializada nesta quinta-feira (4/2), por meio de um projeto de lei (PL). O mandatário precisa de ao menos 28 votos na Câmara de Vereadores para que o texto seja aprovado.
Conforme antecipado pelo Metrópoles, 18 mil famílias ainda não receberam o benefício no município, que estava programado para cair nas contas até 31 de dezembro. Em resposta, a prefeitura disse não ter uma data estipulada para quitar as pendências, e aguarda um posicionamento da Caixa, o banco responsável pela transferência dos depósitos.
O benefício é pago por cada pessoa cadastrada na conta do Bolsa Família do titular. Ou seja, se um grupo familiar tiver cinco pessoas, serão depositadas três parcelas de R$ 500.
“Eu fiquei feliz da vida quando vi a confirmação, falei para os meus filhos que ia comprar uma lasanha e um peru, mas não consegui. Acabei fazendo macarrão com carne moída e queijo para dar uma ‘enganada’. É de cortar o coração não poder me dar ao luxo de comer algo diferente. As crianças estavam muito animadas”, disse uma das entrevistadas pela reportagem.
O vereador Eduardo Suplicy (PT) pediu explicações a Covas sobre o falta de pagamento às famílias. “O prefeito mencionou em seu discurso de posse que está considerando prorrogar a renda básica emergencial. Tão importante quanto prorrogar é atender às famílias que têm direito a esse benefício. Não pode haver burocracias agora”, falou à reportagem.
O que é o benefício
A Renda Básica Emergencial foi sancionada por Covas às vésperas do primeiro turno das eleições municipais. O programa é voltado para pessoas em situação de vulnerabilidade inscritas no Bolsa Família até setembro de 2020.
Vale também para ambulantes que atendam aos critérios do Bolsa Família e que possuam Termo de Permissão de Uso (TPU) vigente ou que tenham cadastro no sistema Tô Legal! para o comércio ou prestação de serviços ambulantes.
A gestão tucana prometeu pagar três parcelas de R$ 100, referentes a outubro, novembro e dezembro, de uma só vez, em uma conta da Caixa até 31 de dezembro de 2020 para 480 mil famílias – a Prefeitura solicitou a abertura de uma conta digital para quem não é cliente do banco. O calendário de pagamento foi iniciado em 9 de dezembro, a partir do número final do NIS (Número de Identificação Social).